Mathilde Stilwell sempre foi uma apaixonada pelos
cavalos e durante vários anos as competições foram a sua principal ocupação.
Contudo, a vida trouxe-lhe outros sonhos e hoje está a estudar para se
tornar atriz. Sem namorado, a relações-públicas e estudante na área da
representação diz não ter amarras e, por isso, até pondera seriamente a
hipótese de no final do ano sair do país e partir à procura de novas
experiências, sejam elas como atriz ou noutra área qualquer.
Foi sobre o papel que quer afinal representar no palco da vida real que a CARAS
conversou com Mathilde durante uma tarde passada na praia do Ancão, no Algarve.
– Durante
estas últimas semanas esteve no T-Clube, na Quinta do Lago, como
relações-públicas, mas a carreira que quer mesmo seguir é a de atriz. Tem sido difícil
lutar pelo sonho da representação?
Mathilde Stilwell – Sim, não é fácil entrar no mercado de trabalho na
área da representação, mas tenho levado as coisas com muita tranquilidade. Se
não tiver de ser atriz, tudo bem. Há outras coisas que gostava de fazer, como
viajar, conhecer o mundo… Também tenho os meus cavalos e posso sempre voltar
às competições. No fundo, foram três anos da minha vida que disponibilizei para
ver se consigo concretizar este sonho. Estou a tirar o curso de formação de
atores na In Impetus, já estive na Madeira com uma peça de teatro com o Tozé
Martinho, o Miguel Dias e a Patrícia Candoso, gostei bastante
e agora estou aberta a outras oportunidades, seja no teatro, no cinema ou na
televisão.
– Em 2008 terminou o seu casamento com Eurico Paes. Entretanto, voltou a
apaixonar-se…
– Apaixonei-me, desapaixonei-me e agora estou sozinha. Tive um namorado durante
um ano, mas acabou. Estou solteira e estou bem.
– Mas ficou com alguma ‘ferida de amor’ por curar?
– Não, de maneira nenhuma. Deixei de gostar, o que acontece com todas as
pessoas. Ao menos não estava casada. Continuo otimista e acho que devemos
sempre acreditar no amor, mas sinto que a idade nos torna mais exigentes.
– Pode ser que encontre alguém ainda durante o verão…
– Não acredito em amores de verão. É tudo muito bonito enquanto há sol, praia e
estamos morenos, mas depois chega o inverno e acaba tudo.
– Fez 30 anos. Sente que entrou numa nova fase da sua vida?
– Começo a dar mais importância à estabilidade, sobretudo a nível profissional.
Mas ao mesmo tempo, continuo a sentir uma grande necessidade de mudar. Por
exemplo, estou mesmo a pensar em sair de Portugal no final do ano. Há pessoas
que com a idade têm mais medo de arriscar, mas eu não. Aliás, preciso mesmo
dessa sensação de aventura e de mudança. O “logo se vê” não me
assusta minimamente, mas a idade tem-me ensinado a ser mais ponderada nas
decisões que tomo. Sei que tenho de olhar para o meu futuro numa perspetiva
mais racional e não tão impulsiva ou imediata.