Regressada de Tripoli, na Líbia, onde fez a cobertura das revoltas contra Khadafi e enfrentou alguns momentos de perigo – estalou um tiroteio quando fazia um direto para a SIC -, Cândida Pinto garante que não são estes sustos que a farão deixar o chamado jornalismo de guerra “Não ando a correr atrás de incidentes destes, mas não é algo que me faça parar”, contou-nos a jornalista, que encontrámos no lançamento do livro Eu Mileurista me Confesso, da amiga Filipa Guimarães. “Não estávamos nada à espera. Havia tiroteio na cidade, mas mais de celebração do que outra coisa qualquer e quando chegámos ao hotel estava tudo calmíssimo. À uma da tarde avançámos, calmamente, para fazer os diretos e fomos mesmo surpreendidos. Estava sempre à espera que acabasse, mas acabou por demorar um bocado demais [risos].” Sabendo que família e amigos estariam a acompanhar tudo em direto, Cândida Pinto preocupou-se em tranquilizá-los: “Telefonei logo a seguir à família a dizer que estava tudo bem.”
O grande problema em Tripoli foi a existência de atiradores furtivos, como nos explicou, o que obrigou a equipa a cuidados extra: “Sempre que circulávamos pela cidade usávamos o equipamento. Sabíamos quais eram as zonas de guerra, mas quanto aos snipers… é sempre difícil saber onde estão.”
Cândida Pinto recorda momentos de perigo que viveu em Tripoli
No lançamento do livro "Eu Mileurista me Confesso", a jornalista falou-nos do momento em que fazia um direto para a SIC e foi surpreendida por um tiroteio.