A CARAS está a acompanhar o julgamento de Afonso Dias, acusado do rapto de Rui Pedro, o menino que desapareceu sem deixar rasto no dia 4 de março de 1998.
Rui Pedro desapareceu há 13 anos, mas os pais nunca deixaram de tentar perceber o que se passou naquele dia. O menino foi procurado pelas entidades portuguesas e internacionais sempre sem sucesso.
A 6 de junho, a decisão instrutória do processo determinou, que Afonso Dias, de 35 anos, devia ir a julgamento por haver “indícios e sinais objetivos” da prática de um crime de rapto qualificado. O juiz Jorge Moreira Santos considerou ainda que as provas indiciam que Afonso Dias, na altura com 21 anos, terá levado Rui Pedro para um encontro com prostitutas. Em 1998, várias crianças testemunharam que viram o arguido falar com Rui Pedro, à porta da escola secundária de Lousada, no dia do desaparecimento.
O julgamento, que se espera que esclareça o que aconteceu a Rui Pedro começou hoje. A família de Rui Pedro chegou hoje ao Tribunal de Lousada pouco depois das 9h30. O pai, Manuel Mendonça e o advogado, Ricardo Sá Fernandes, vieram a pé de casa enquanto a mãe e a irmã de Rui Pedro, Filomena Teixeira e Carina, chegaram de carro com Margarida Uva, mulher de Durão Barroso.
O arguido, Afonso Dias, entrou pela porta lateral do tribunal às 9h sem prestar qualquer declaração.
O julgamento deverá durar várias semanas uma vez que a acusação tem cerca de 70 testemunhas arroladas e a defesa uma dezena.
No exterior do tribunal e na sala de audiências, os populares acompanham o julgamento deste caso.
Homem acusado de rapto de Rui Pedro começa a ser julgado hoje
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Filomena Teixeira com fotografias do filho, Rui Pedro
Rui Duarte Silva / Expresso
Filomena Teixeira com fotografias do filho, Rui Pedro
Rui Duarte Silva / Expresso
Rui Pedro desapareceu de Lousada em 1998 quando tinha 11 anos. Hoje o único arguido do caso, Afonso Dias, começa a ser julgado.