Grávida de pouco mais de seis meses, Diana Chaves assume que vive uma das melhores fases da sua vida. Com uma gravidez muito tranquila, a atriz começa agora a sentir-se um pouco ansiosa com o parto. A seu lado está sempre o namorado, César Peixoto, cuja experiência, pelo facto de já ser pai de um rapaz, Rodrigo, de cinco anos, tem ajudado a tornar o momento mais fácil, afirma Diana, “mas não menos especial”. Descontraída, a atriz desdramatizou ainda a possibilidade de o marido ir jogar para o estrangeiro, afirmando que o que mais quer é a sua felicidade, mas fez um largo sorriso quando lhe perguntámos se não se sentia feliz por ter César mais perto.
O novo elemento da família, cujo nascimento está previsto para o início de fevereiro, vai chamar-se Pilar.
– É inevitável começarmos esta entrevista pela sua gravidez. Como está a correr?
Diana Chaves – Tem corrido muito bem, muito tranquila. Não tenho tido muitos enjoos, nem cansaço… Ajuda não estar a trabalhar, é certo, mas tenho passado muito bem. Nem sequer senti muito os habituais desejos das grávidas.
– Mas mudou muito os seus hábitos?
– Não mudei hábitos, já os tinha muitos saudáveis. O que mais mudou foi mesmo a barriga.
– Numa entrevista anterior, confessou-me que adorava comer batatas fritas…
– [risos] Tenho que ter alguns cuidados, mas esta não é de todo a altura para fazer dietas. Como de tudo um pouco, mas com intervalos curtos e em quantidades reduzidas. Mas não me privo de nada, nem se deve fazê-lo, acho eu.
– Se assim é, como consegue essa boa forma aos seis meses de gravidez?
– Tenho tido os cuidados essenciais e necessários. Tenho uma personal trainer especializada em pré e pós-parto e sigo à risca as instruções dela. Não é nada de complicado e é muito bom para manter o exercício.
– Apesar dessa boa forma invejável, o seu corpo mudou, a barriga cresceu… Como lidou com tudo isso?
– Nunca é só a barriga… [risos] Mas é tudo normal, são coisas que já sabemos que vão acontecer e é por uma ótima causa.
– Mas tendo em conta que uma atriz também vive da imagem, não ficou preocupada com essas transformações do seu corpo?
– Não. Há coisas óbvias que mudam e como todas as mudanças é preciso tempo para nos adaptarmos. Por isso é que uma gravidez dura nove meses, dá-nos tempo para nos habituarmos a tudo.
– Preparou-se para esta gravidez de alguma forma especial, aconselhou-se com alguém?
– A minha irmã foi mãe há quatro anos, e eu acompanhei tudo de perto, e entretanto algumas amigas próximas foram mães, portanto, não estava às escuras. Além disso, informei-me, li muito, tentei aprofundar algumas questões, nomeadamente com a minha médica, mas penso que ser mãe é, acima de tudo, um processo que evolui de forma muito natural.
– E aquela ideia de que uma grávida sofre de frequentes alterações de humor?
– Sou caranguejo e já tenho mudanças drásticas de humor, por isso, não notei grande diferença [risos].
– E o César, que é quem está mais próximo, notou algumas diferenças?
– [risos] Não. Queixa-se do meu dramatismo, mas não é de agora. Estou a brincar! Não notei grande diferença e acho que ele também não.
– Qual é a sensação de ter um bebé a crescer dentro de si?
– Não dá para explicar, só mesmo sentindo. Não sou apologista de que só a mãe é que sente, acho que o pai vive o momento com grande intensidade, mas para a mãe é, de facto, uma experiência incrível. São muitos meses de expectativa, a ansiedade cresce e com a proximidade do parto tudo fica mais intenso.
– E faltam menos de três meses. Já está a ultimar os preparativos?
– Bom, acho que desde o início que penso no momento do nascimento. Com o passar do tempo vou pensando cada vez mais, claro. Mas sou uma pessoa calma e é dessa forma que estou a viver esta gravidez.
– Começa a ficar ansiosa ou receosa com o parto?
– Sinceramente, não tenho muito medo, acho que é algo muito natural. Não sei se na altura terei medo, mas como não sou muito de antecipar as coisas, para já estou tranquila.
– O César tem acompanhado a gravidez, as consultas?
– Tem, claro. Está sempre comigo. Como disse, e o César partilha a minha opinião, a gravidez não é da mulher, é do casal, dos pais. O César vive esta gravidez tanto quanto eu.
– E ele consegue gerir o tempo, com treinos e jogos, de forma a dar-lhe toda a atenção?
– É preciso alguma ginástica, mas não é assim tão complicado.
– Foi importante ele ter ficado em Portugal…
– Para mim, o importante é ele estar feliz, em Portugal ou no outro lado do mundo. Se ele estiver feliz, eu estou feliz. O resto acaba por se conciliar sempre.
– Assume-se como uma mulher prática que se adapta às circunstâncias da vida, é isso?
– Acredito, acima de tudo, que só vivemos uma vez e as oportunidades são para ser aproveitadas. Tudo se adapta e as distâncias hoje são diferentes, é mais fácil. E depois, nada é para sempre.
– O César já foi pai uma vez. A experiência tem sido útil?
– Cada caso é um caso, mas a experiência que o César tem é uma mais-valia. E saber que ele é um pai fantástico deixa-me bastante tranquila. Tenho a certeza do que quero, sempre soube, e não tenho dúvidas em afirmar que o César é o melhor pai do mundo.
– O que é, imagino, determinante quando se decide ter um filho com alguém…
– Sim. Eu não gosto de fazer planos, mas gosto de garantir alguma estabilidade, saber que as coisas vão correr bem, e nesse aspeto estou completamente descansada e feliz.
– Como é que o Rodrigo reagiu ao saber que iria ter uma irmã?
– Muito bem, o Rodrigo sabe da gravidez desde o início e está felicíssimo, como qualquer criança que vai ter um irmão.
– O trabalho é que ficou para segundo plano nesta fase.
– Sim, parei, mas estive a gravar Laços de Sangue durante um ano seguido e foi ‘colado’ ao concurso Salve-se Quem Puder, pelo que não tinha férias há muito tempo. Mesmo que não estivesse grávida tinha que descansar um pouco depois de um ano e meio de trabalho intenso, e tudo correu bem. É uma paragem por uma causa muito boa e assim aproveito o momento com maior intensidade.
– Até quando pensa prolongar essa paragem?
– O tempo estritamente necessário, depois quero voltar ao trabalho.
– Como pensa fazer depois? Levar o bebé consigo para o estúdio, por exemplo?
– Há de ir, sim [risos]. Vou fazer a minha vida normal como qualquer pessoa, pelo que algumas vezes irá comigo, outras não poderá. Mas isso são coisas que só na altura saberei como fazer.
– Este era o elo que faltava para completar a sua relação com o César?
– Não vejo as coisas assim, mas se calhar agora é perfeito. É só uma questão de perspetiva, não nos faltava nada, mas agora que temos algo mais, é bom.
– Acentua-se o conceito de família?
– Não é que já não tivesse, porque de facto somos uma família muito unida. Sempre senti isso. Mas acredito que é a sequência natural das coisas. Tenho 30 anos, é natural que assim seja.
– E pensam continuar a aumentar a família?
– [risos] Não sei. Logo se verá.
– Até porque tem outras ambições profissionais, não é?
– Depois desta gravidez vou estar louca para voltar ao trabalho. Tenho saudades de apresentar um programa, por exemplo, mas também adorei fazer a novela Laços de Sangue. Acredito que, com a SIC, será seguramente encontrado um excelente projeto.
– E ver a novela em que participou ser nomeada para um Emmy é um momento especial?
– É um orgulho enorme, é ver o nosso trabalho reconhecido. Achámos, desde o início, que era um projeto de qualidade e é muito bom ver esse esforço recompensado com uma nomeação.
– Tudo tem acontecido no momento certo na sua carreira e na sua vida…
– Sim. Costumo dizer que não tenho pressa. Quando falha um trabalho, por exemplo, não fico triste, é porque não tinha de ser. Acredito que cada um tem o seu momento e eu vou tendo os meus, que vou aproveitando da melhor forma. Mas também trabalho muito para isso.
– Ser mãe é uma realização pessoal?
– Acho que é o sonho de qualquer mulher. Ou melhor, do ser humano. A vida muda para os dois, não é só para a mulher. As prioridades, as responsabilidades… tudo.