A sessão do julgamento de Paco Bandeira que estava marcada para as 9h30 de hoje, só começou por volta das 14h30, hora em que o advogado do músico chegou ao Tribunal de Oeiras. Fernando Figueiredo explicou que se tinha esquecido que a sessão deveria decorrer hoje, “apesar de ter marcado na agenda”.
Começou por ser ouvido o inspetor da Polícia Judiciária Óscar Sampaio, seguindo-se a psicóloga de Constança, Sandra Maria Dias. A psicóloga explicou que quando entrou para o externato São José lhe foram atribuídas várias turmas, entre elas a da filha de Paco Bandeira e Maria Roseta, que na altura tinha sete anos. “Irrequietude comportamental”, “vontade de falar” e “ falta de atenção” foram algumas das expressões usadas por Sandra Maria Dias para descrever o comportamento de Constança. A psicóloga adiantou ainda que a menor admitiu várias vezes que “temia pela vida da mãe” e que o seu objetivo era ser o “guarda-costas da mãe”. “Eu tenho medo que aconteça à mãe o mesmo que aconteceu à primeira mulher do pai”, terá confidenciado Constança. Ao ouvir estas declarações, Paco Bandeira riu-se, o que levou o representante do Ministério Público a chamá-lo à atenção.
Depois do depoimento de Sandra Maria Dias, o juiz quis ouvir Ana Paula Sobral, que foi colega de Maria Roseta no Estabelecimento Prisional de Coimbra e que é também madrinha de Constança. Helena Alves, mãe de uma colega de escola da filha de Paco Bandeira e Maria Roseta, e Rui Machado, técnico de sistemas de som, que em 2009 instalou o sistema de videovigilância na vivenda de Oeiras do casal, também foram ouvidos hoje.
A próxima sessão está marcada para dia 2 de maio, às 9h00.