Juntos há quatro anos, Mariana Victorino e André Queiroga têm uma relação com características muito próprias e o facto é que parecem ter encontrado uma criativa fórmula de sucesso: moram juntos, mas cada um no seu andar, juntamente com os respetivos filhos. A diretora da empresa Porter Novelli tem três filhos, Francisco, de 13 anos, Madalena, de dez, e Gonçalo, de sete, e o diretor bancário e jurista tem dois, Diogo, de 19 anos, e Vasco, de 16. Mas as coisas poderão mudar em breve, já que no decorrer desta entrevista André pediu Mariana em casamento, infelizmente já depois da sessão fotográfica ter terminado. A festa ainda terá de ser planeada, mas o local está decidido à partida: será no Paço Real de Belas, propriedade da família de Mariana que o casal está a dinamizar agora como espaço para festas. Foi precisamente aí que os fotografámos.
– Como se conheceram?
André Queiroga – Foi ao sabor do acaso e da ousadia. Foi numa festa em Cascais, há quatro anos, onde eu estava com uns amigos e a Mariana chegou com uma amiga. Calhou eu conhecer essa amiga, começarmos a falar e eu dei por mim perto da Mariana na pista de dança. Achei-a muito gira, com um ar muito simpático e resolvi abordá-la.
– A empatia foi imediata?
Mariana Victorino – Foi gradual. Basicamente, o André conquistou-me pela escrita, pois a seguir passámos a trocar e-mails. Apaixonámo-nos de uma forma muito moderna [risos]. O que me surpreendeu no primeiro e-mail foi perceber que, nos poucos minutos em que estivemos juntos, ele captou muitas coisas pertinentes sobre mim. Achei curioso e pareceu-me logo que o André seria uma pessoa interessante…
– E o passo seguinte demorou?
André – Demorou o tempo que deveria, pois somos relativamente rápidos a fazer quase tudo. Foi muito engraçado.
– Essa rapidez dever-se-á ao facto de ambos virem de relações anteriores e acharem que não têm tempo a perder?
Mariana – Também, se bem que no nosso caso foi tudo feito com cabeça, tronco e membros. Temos uma relação atípica, um modelo de vida engraçado, pois vivemos juntos, mas separados. Temos uma casa com dois andares e o André tem o espaço dele com os seus filhos, eu e os meus filhos temos o nosso.
André – Muitas vezes as histórias de vida entre pais separados não funcionam, pois acaba por ser muito duro, sobretudo para os filhos. Quando decidimos partilhar a vida, achámos que deveríamos preservar primeiro o espaço dos nossos filhos.
– Ou seja, pensaram primeiro nos vossos filhos e depois na vossa relação…
André – Exatamente. A nossa preocupação foi sempre perceber de que forma iríamos preservá-los. Já que sofreram com as anteriores histórias, com esta não iriam sofrer mais… Não nos vamos impor, apesar dos meus filhos adorarem a Mariana e os dela gostarem imenso de mim. Além de termos criado este modelo, também estamos constantemente juntos os sete. É quase como que uma relação tripartida [risos].
Mariana – Eles têm idades muito diferentes e os meus filhos têm necessidades diferentes, ainda precisam que eu estude com eles, por exemplo, por isso há toda uma rotina no dia-a-dia, e às vezes ao fim de semana, que pode ser difícil de conciliar.
André – Temos tempo para a universalidade desta família e para a individualidade de cada um. Isso tem ajudado imenso ao sucesso da nossa relação. Depois, há outro pormenor engraçado: é que os nossos filhos, quando estão com os outros pais, estão na mesma altura, e assim também temos tempo a dois.
– O apoio dos vossos filhos seria uma condição para o sucesso da vossa relação?
– Não a pusemos explicitamente, mas implicitamente, obviamente que era. Primeiro o espaço deles… Gostamos muito um do outro, mas já temos maturidade suficiente para entender algumas coisas. Foi tudo muito gradual e hoje os nossos filhos já nem passam uns sem os outros.
– E o casamento faz parte dos vossos planos ou a situação que vivem é perfeita?
– Esta situação serve, mas faz parte dos nossos planos. Este percurso foi fundamental para nos testarmos enquanto casal. Temos uma vida de casados, mas faz obviamente parte dos nosso planos.
Mariana – E esta é a parte em que ele me vai pedir em casamento [risos].
André – E se eu te pedisse realmente em casamento? [Tira um anel de uma mala] Olha querida, isto estava guardado para o dia do nosso aniversário, mas…: Queres casar comigo, meu amor?
– [Momentos depois, já respondido o ‘sim’] Mariana, agora que já assimilou a ideia, como é que se sente?
Mariana – Já me sentia casada, mas é algo que faz sentido, pois o André é a pessoa que me completa e com quem eu me sinto bem e feliz.
– André, não vai querer convencer-me que fez tudo isto de improviso…
André – Isto estava programado para o dia 12 de março. Eu sou altamente organizado e já tinha o anel comigo. Gosto muito de surpreender a Mariana e como nem sempre é fácil, trouxe hoje o anel e pensei: “Porque não?!” Consegui o que pretendia, pois vi na cor da cara da Mariana o quanto ela ficou surpreendida [risos]. A Mariana é uma mulher fantástica e apesar de já nos sentirmos casados, pois partilhamos a vida, temos os mesmos sonhos e temos a cumplicidade como motor da nossa relação, o casamento faz todo o sentido.
– E filhos em comum, também faz sentido?
Mariana – Temos uma vida já muito agitada, na qual, se calhar, seria difícil encaixar mais uma criança. Não quer dizer que não gostássemos, antes pelo contrário, mas julgo que não acontecerá.
André Queiroga e Mariana Victorino: Juntos, mas em casas separadas…
O jurista e a empresária estão juntos há quatro anos e ficaram noivos... durante esta entrevista.