Adora botas, ténis, sandálias, sabrinas… Por isso não é de estranhar que dê a cara por uma marca portuguesa de calçado, a Zilian. A convite desta, a CARAS acompanhou Luísa Beirão, de 34 anos, a Madrid, onde foi conhecer a loja situada em plena Calle Goya. Entre conversas sobre sapatos rasos e saltos altos passámos os olhos pelo blogue da modelo (www.theindiepearl.com),
onde partilha muitos dos seus conhecimentos sobre moda, e, como não podia deixar de ser, falámos sobre Isabel, de quatro anos, e Frederico, de um, fruto do seu casamento com o ex-futebolista Miguel Pedrosa, de quem está divorciada desde março do ano passado.
A viver uma nova etapa na sua vida ao lado de Filipe Gomes, de 32 anos, diretor de uma empresa farmacêutica, Luísa Beirão não esconde que está apaixonada e que nunca viveu um amor tão sereno. E foi precisamente sobre essa indiscutível felicidade que começámos a conversa e acabámos por… nem sequer mudar de assunto.
– Podemos dizer que o Filipe é o amor da sua vida? Talvez nunca tenha amado assim…
Luísa Beirão – Já pensei várias vezes nisso e este é um amor diferente, muito mais maduro. A paixão existe, mas é muito mais controlada. Não foi uma coisa repentina, continua a ser um namoro. É um relacionamento tranquilo, é uma amizade, tudo o que sempre quis.
– Pelo Filipe, por amor, mudou-se para Lisboa, onde não tem família, nomeadamente os seus pais, que são sem dúvida um grande apoio quando se tem filhos… Não foi assustador o facto de não ter por perto esse apoio?
– Não. Eu sempre fui independente, encaro a maternidade, o papel de mãe, como uma coisa minha. Os encargos, as preocupações, as alegrias, tudo o que diz respeito aos meus filhos acho que tem de ser comigo. Eu é que tenho de resolver todas as questões. É verdade que na minha vida tudo gira em função deles, mas consigo fazer milhares de coisas durante o dia enquanto eles estão no infantário. Tento marcar os trabalhos de manhã cedo e saber que acabo às 16h30 para os ir buscar. Há coisas que procuro ser sempre eu a fazer.
– Mas por vezes não é demasiado cansativo? Até porque eles ainda precisam ambos de muita atenção…
– Por muito cansativo que seja, por muito desgastante que se torne, o facto de chegar ao final do dia e encher os meus filhos de beijos é extraordinário. Sentir que são meus. É um amor incontrolável. Não quer dizer que uma vez ou outra não precise de apoio, mas tenho outro tipo de ajudas.
– Suponho que o Filipe seja uma dessas pessoas com quem pode contar…
– Muito. Tem sido extraordinário… Se assim não fosse também não teria dado esse passo.
– O facto de ter dois filhos também deve ter obrigado a maior ponderação quando tomou a decisão de viver com o Filipe…
– Lógico que sim, mas quando conheci o Filipe, a Isabel e o Frederico já existiam. Houve uma aproximação gradual. Esperámos também pelo momento certo, para que o Filipe os conhecesse no sentido de eu perceber como todos reagiríamos. Tínhamos de ver se resultava ou não.
– E parece que resultou…
– [risos] Sim, a Isabel e o Frederico adoram-no e respeitam-no imenso.
– E como é que o Filipe lida com a rotina dos seus filhos? Ele, que não tem filhos, viu-se de repente com duas crianças em casa das quais também tem de cuidar…
– Ele gere muito bem toda a situação. Para o Filipe, a Isabel e o Frederico também estão em primeiro lugar e para mim é muito bom sentir isso.
– Ter filhos desta relação é um sonho dos dois?
– É uma vontade grande termos um filho nosso. As coisas serão programadas. Somos ambos novos, podemos adiar mais um tempo, queremos aproveitar mais um bocadinho esta nova fase de mudança.
– Casar-se faz sentido?
– Talvez. Faz sentido e é uma vontade nossa partilhar o nosso amor com os amigos com uma festa, pode ser sem papéis nem burocracias. Ter um dia nosso, um dia simbólico que marca as nossas vidas, que não vai mudar em nada o que já sentimos, o que estamos a viver.
– Os primeiros meses de namoro são uma verdadeira descoberta. Conhecem-se defeitos e qualidades. Convosco aconteceu o mesmo?
– Isso acontece quando passamos a partilhar a mesma casa. Antes de me mudar estávamos juntos apenas três dias por semana, portanto, agora é que estamos a descobrir muitas coisas. Existe a tal rotina. Agora percebemos que não podemos ficar asfixiados, ‘encher o saco’, nem um do outro nem da própria rotina, e temos de saber dar a volta fazendo outras coisas…
– A mudança para Lisboa tem implícito o corte de laços com o passado? Alterou hábitos?
– Sim, cortei laços com o passado e alterei principalmente os hábitos de bem-estar. Fazia ginástica, jogging, e agora comecei a jogar ténis e golfe, e tudo isto também é um combate à rotina, é algo novo que acrescentei à minha vida e estou a sentir-me ótima por ter tomado estas decisões.
– Em algum momento teve receio de voltar a partilhar a vida com alguém tendo vivido um casamento que não resultou?
– Não penso nisso. Sou uma pessoa muito despreocupada e otimista. Vivo o momento. E neste momento estou bem, os meus filhos estão felizes e isso faz-me sentir que tomei as opções certas e que estou no caminho certo.
– Lamenta não ter conseguido manter uma relação eterna?
– Não.
– Mas a pessoa casa-se a pensar que é para a vida toda…
– Sim, e na altura achei que seria para sempre, mas com os passar do tempo o nosso casamento deixou de fazer sentido.
– No dia em que o Miguel tiver uma namorada, como é que vai lidar com o facto de os seus filhos terem de partilhar também eles a vida com outra pessoa?
– Para mim, o mais importante, sempre o afirmei, é o bem-estar dos meus filhos. Também refiz a minha vida. Tenho uma pessoa ótima ao meu lado que me dá equilíbrio a mim e estabilidade aos meus filhos. Finalmente tenho uma estrutura familiar e não podia estar mais feliz.
Luísa Beirão: “Vivo um amor mais tranquilo, mais maduro”
Na capital espanhola, Luísa Beirão falou do amor incontrolável que tem pelos filhos, Isabel, de quatro anos, e Frederico, de um. Ser mãe de novo é um dos seus desejos.
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