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Getty Images
“Não posso tolerar mais que se abuse da minha situação – e das investigações judiciais que erradamente me têm como alvo – para remexerem na minha privacidade. Deixem-me em paz.” As declarações são de Dominique Strauss-Kahn, em entrevista à revista francesa Le Point.
O ex-diretor do FMI, que está a ser investigado pelo alegado envolvimento numa rede de prostituição que é conhecida em França como o “caso Carlton”, revela que não entende o interesse da comunicação social na sua vida. “Nunca fui acusado de nada, nem em França nem noutro país. Por isso, nada justifica o facto de eu ser objeto de uma perseguição pelos media que mais parece uma caça ao homem”, diz o político francês.
Acerca do caso Carlton, DSK, como é conhecido, explica: “A verdade é que os meus amigos organizavam as festas que eu frequentava. Como havia prostitutas lá, claro que sou logo acusado de criar uma rede de prostituição e de ser proxeneta – é tão falso como absurdo.”
O político admite ainda ter sido um pouco ingénuo ao achar que a sua vida privada não se misturaria com a pública: “Eu achava que podia levar a minha vida privada como bem me apetecia, sem que isso tivesse algum impacto no exercício das minhas responsabilidades, incluindo comportamentos libertários entre adultos e com o consentimento das pessoas envolvidas. (…) Mas fui ingénuo. O que é aceitável para um empresário, um atleta ou um artista não o é para um político e nesse aspeto eu estava demasiado alheado da sociedade francesa. Enganei-me.”