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Renato Seabra, Vanda Pires e Carlos Castro
D.R.
Durante mais uma sessão de julgamento de Renato Seabra, ontem no Supremo Tribunal de Nova Iorque, a responsável pela autópsia de Carlos Castro afirmou que a morte terá ocorrido às 17h30 (hora local) do dia 7 de janeiro de 2011, no Hotel Intercontinental, a mesma versão apurada pela polícia, que sustenta que o jovem modelo teria passado várias horas ao lado do cronista social já inconsciente.
Na audiência, o detetive Richard Tirelli e médica legista Michelle Sloan confirmaram que Carlos Castro foi espancado na cabeça até ficar inconsciente e que ainda respirava quando foi violentamente mutilado nos genitais, com um saca-rolhas, por Renato Seabra. “Estava vivo quando foi castrado”, afirmaram.
No dia 7 de janeiro, o jovem, de 22 anos, deu entrada no Saint Luke’s Hospital depois das 19h00 acompanhado pelo taxista que o tinha levado até ao local. Seabra tinha uma aparência calma e inclusivamente permitiu que fosse o condutor a falar com o rececionista, pois tentava estancar uma hemorragia que tinha no pulso, alegadamente devido a uma tentativa de suicídio.
Mais tarde, o jovem foi transferido para o Bellevue Hospital, especializado em doenças psiquiátricas, onde foi preso. As roupas e os sapatos que Renato Seabra usava nesse dia tinham vestígios de sangue.
No julgamento, David Touger, advogado do jovem, exaltou-se ao questionar a credibilidade do relatório da confissão de Seabra, no dia 8 de janeiro, já no Bellevue Hospital. “Não queria saber por que razão ele cometeu o crime. Você só queria a sua confissão”, declarou, dirigindo-se a Richard Tirelli.
Na passada terça-feira, dia 16, foram divulgadas imagens de videovigilância do hotel – onde Seabra falou com Vanda Pires, amiga do cronista, após o crime – e do hospital. Na sessão de ontem, o jovem manteve-se imperturbável, no entanto, desviou o olhar algumas vezes quando foram mostradas as imagens do corpo de Carlos Castro.