
Renato Seabra
Reuters
Jeffrey Singer, o psicólogo que ouviu Renato Seabra depois do homicídio de Carlos Castro, primeiro no Bellevue Hospital e depois na prisão de alta segurança de Rikers Island, foi uma das testemunhas desta sexta-feira no julgamento que está a decorrer no Supremo Tribunal de Nova Iorque. Segundo o técnico, o modelo contou que tinha sido abusado por um vizinho quando tinha apenas oito anos e que “entre os 16 e os 18 anos” mantinha relações homossexuais com os primos. O especialista, arrolado pela defesa de Renato Seabra, liderada pelo advogado David Touger, concluiu que o jovem de Cantanhede é bissexual, uma vez que também teve várias relações com mulheres.
Durante uma dessas sessões de terapia, Seabra terá assumido que o relacionamento com o cronista social aconteceu por “ puro interesse” e recordado como ambos se conheceram. O primeiro encontro teve lugar no Porto, onde Carlos Castro o terá convidado a subir ao quarto de hotel para lhe mostrar o seu livro, e aproveitando o facto de estarem a sozinhos “o beijou”. “Não vou dizer nada pois esta é a minha oportunidade de chegar mais longe na moda”, pensou Renato Seabra na altura, de acordo com o especialista. Jeffrey Singer confirma assim a tese de “surto psicótico” e revelou que o modelo “pode ter bebido sangue” do cronista social após a sua morte.
Recorde-se que Carlos Castro foi encontrado morto no quarto do Hotel Intercontinental, em Nova Iorque, no dia 7 de janeiro de 2011.