Desde que Bernardo entrou nas suas vidas, em agosto do ano passado, Eduardo Beauté e Luís Borges sentem-se pessoas mais felizes e completas. No entanto, a decisão de acolher e ajudar um menino com um diagnóstico de trissomia 21 e um historial familiar complicado não foi tomada de ânimo leve: ambos estavam conscientes das dificuldades que iriam enfrentar, mas estavam dispostos a lutar pela felicidade da criança.
Ao longo do último ano, o cabeleireiro e o modelo têm tentado proporcionar o melhor a Bernardo – hoje com dois anos e meio –, inclusive o acompanhamento médico especializado de que necessita e que levou, na altura, o Ministério Público a interpor no Tribunal do Barreiro um processo de promoção e proteção do menor, já que considerava que este estava em risco.
“Não fosse o interesse deles e muito provavelmente este menino ia parar a uma instituição”, afirma Luís Belo dos Santos, advogado do casal, que descreve a decisão do tribunal relativa a esse processo, lida no dia 3 de outubro, como um “poder paternal mitigado”, já que é “provisório, válido no máximo por 18 meses, e sujeito a um controlo muito apertado de todas as instituições que levaram à decisão do tribunal. No caso de haver alterações, tudo pode ser reformulado”. Por isso, e por não ser possível a adoção em Portugal por casais homossexuais, o advogado interpôs no Tribunal de Lisboa uma ação de regulação de poder paternal a favor de terceira pessoa, que aguarda marcação de julgamento, e cuja decisão se pode prolongar até o menor completar 18 anos. Enquanto isso, Eduardo e Luís continuam empenhados em proporcionar momentos de bem-estar ao menino, hoje com dois anos, tal como se pode comprovar nas fotografias que aqui publicamos.
Eduardo Beauté e Luís Borges felizes com conquista da proteção de Bernardo
Juiz do Tribunal do Barreiro confiou-lhes decisões relacionadas com a vida do menino no seguimento do processo de promoção e proteção do menor