Têm menos de 35 anos e são as protagonistas da cerimónia que aconteceu ontem no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa e celebrou a investigação no feminino. Ana Ribeiro, Ana Abecassis, e Leonor Morgado receberam medalhas de honra e 20 mil euros para financiar cada um dos seus projetos.
Ao sofrer uma lesão na coluna de um ser humano este provavelmente ficará definitivamente paralisado. Ao passo que um peixe-zebra consegue, no espaço de um mês, regenerar-se e voltar a nadar normalmente. Foi esta diferença que chamou a atenção de Ana Ribeiro, investigadora do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, de 32 anos, que está a estudar esta capacidade com o objetivo de melhorar os tratamentos humanos.
Ana Abecassis, a investigadora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, de 33 anos, estuda as mutações do vírus da sida que resistem aos medicamente anti-retrovirais. O objetivo da cientista é individualizar o tratamento, de forma a torná-lo mais adequado a cada portador do vírus.
Por seu lado, a investigadora do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Leonor Morgado, de 29 anos, interessou-se por uma bactéria que vive em sedimentos onde não há oxigénio e liberta electrões que geram corrente elétrica. O objetivo da cientista é alterar o funcionamento das proteínas e optimizar a corrente elétrica.
O prémio, criado de uma pareceria entre a L’Oreal Portugal, a Comissão Nacional da UNESCO e a Fundação para a Ciência, está já na sua 9.ª edição e pretende incentivar a investigação jovem realizada em Portugal. O júri, presidido por Alexandre Quintanilha, selecionou as três cientistas de entre as 70 candidaturas submetidas.
Investigadoras portuguesas recebem medalhas de honra
Ana Ribeiro, Ana Abecassis e Leonor Morgado receberam o prémio Medalhas de Honra L’Oreal Portugal para as Mulheres na Ciência.