Desde
que chegou ao Brasil, onde a filha Luana
se encontra internada num centro educativo por decisão das autoridades locais,
por ter praticado um aborto, Adelaide
Ferreira, que é suspeita de cumplicidade, está a tentar recuperar a guarda
da jovem. De acordo com os dois advogados contratados pela cantora para
defender filha, de 15 anos, a decisão de proceder ao internamento foi tomada no
passado dia 4 quando a jovem ainda não tinha o seu tutor legal no país, mas que
agora já não se justifica, uma vez que a mãe está perto dela. O pedido para
recuperar a guarda de Luana foi apresentado esta sexta-feira, dia 25, adianta o
site brasileiro Gazeta Digital.
Entretanto, a imprensa local adianta que o Ministério Público de Mato Grosso, estado
onde o aborto é ilegal, propõe que a jovem faça serviço comunitário, o que, a confirmar-se,
a obrigará a permanecer no Brasil durante pelo menos seis meses.
Recorde-se que o caso foi tornado público no passado sábado, dia 19, pelo
jornal A Gazeta, publicado no estado do Mato Grosso, onde o crime
terá sido praticado. De acordo com a publicação, os factos ocorreram no passado
dia 4, quando a filha da artista deu entrada no Hospital Universitário Julio
Muller, em Cuiabá, com hemorragias, depois de ter tomado medicamentos para
abortar comprados na internet por 50 dólares. Luana mantém uma relação com o
pai da criança, Jean Carlo de Lima Arruda, de 21 anos, há cerca de um. O
casal terá mesmo chegado a morar na casa da jovem, em Cascais, mas em outubro
do ano passado os dois mudaram-se para Cuiabá, para a residência da mãe do
jovem, Graziela Aparecida Torres de Lima, que é enfermeira no hospital onde a filha de Adelaide Ferreira
foi assistida.
Paulo Araújo, responsável pela investigação, referiu que a cantora tinha
a intenção de ocultar a gravidez da filha menor, a fim de evitar escândalos que
pudessem prejudicar a sua carreira. “No princípio, a jovem negou
qualquer participação de outra pessoa, inclusive ocultou que tinha namorado.
Mas, com o decorrer da investigação, conseguimos comprovar que todos sabiam e
todos participaram”, explicou.