Ana Paula Almeida, de 47 anos, licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas e a escrita sempre foi a sua grande paixão. Recentemente, a jornalista da SIC apresentou o seu quarto livro, Corações Re-Partidos, um romance que tem como protagonistas um morto que amava duas mulheres.
Tendo como mote esta sua aventura literária, a jornalista e escritora conversou com a CARAS sobre a mulher que é hoje e a maneira como vive as suas emoções.
– Este seu novo livro pode parecer um bocadinho dramático à partida, já que na sequência da morte de um homem, duas mulheres descobrem que foram enganadas a vida inteira. Contudo, acaba por ser também um romance otimista e de esperança…
Ana Paula Almeida – Com este livro quis transmitir que precisamos de ter esperança no amor. Todas as mulheres que já tiveram o seu coração partido não podem perder a esperança de voltar a amar. Temos de acreditar que o próximo amor pode ser melhor. E é preferível sofrer um desgosto de amor a nunca ter sentido o que é amar alguém com todas as nossas forças. Muitas mulheres foram traídas ou traíram e há muitos corações repartidos, mas não podemos viver agarrados ao passado.
– Sente que este livro reflete a maturidade emocional e relacional que também atingiu na sua vida?
– Reflete a minha maturidade emocional e das pessoas que me inspiraram a escrever este livro. Tenho 47 anos, uma filha, muitas vivências amorosas e profissionais e tenho muita vontade de comer a vida. Não quero sentir arrependimentos por tudo aquilo que não fiz nem me quero sentir espartilhada com aquilo que os outros possam pensar de mim ou da minha escrita. É um livro para fazer rir e pensar. Gosto de transmitir uma mensagem com aquilo que escrevo e de preferência que seja positiva e otimista. Gosto de contar histórias. A escrita ajuda-me a exorcizar os meus medos e angústias. Um livro é como um filho: tem de ser feito com calma e muito carinho.
– O que há de si nestes Corações Re-Partidos?
– A fé. Acredito que há uma vida para além desta e que devemos resolver as nossas coisas cá em baixo. Não quero deixar nada por fazer, desculpas por pedir ou declarações de amor por serem ditas. Sou uma pessoa muito transparente e não tenho aquela preocupação em parecer bem. Vivo cada dia como se fosse o último e nunca perco a esperança. Já passei por situações limite, por grandes sustos, já estive por um fio e nunca perdi a esperança. Na vida, vejo sempre o copo meio cheio. Depois de ter sido mãe também aprendi a relativizar os problemas.
– E como mãe acredito que sinta a responsabilidade de ser um exemplo positivo para a sua filha, Sara, de 11 anos…
– Sim e é uma responsabilidade muito grande termos de ser sempre um modelo. Também me vou abaixo, mas depois reúno forças e venho para cima. Acredito que fazemos da nossa vida aquilo que queremos. As pessoas são muito aborrecidas quando se queixam por tudo e por nada. Os outros não são comprimidos nem antidepressivos.
– Escreve sobre relações e percebe-se que é romântica. Acha que hoje em dia viver um grande amor é a prioridade da maior parte das pessoas?
– Todos procuram um grande amor, mas depois não têm paciência para lidar com os aborrecimentos e atritos de uma relação. Já não se aceita as diferenças e ninguém luta por ninguém. Acho que a maioria das pessoas ama virtualmente, à pressa e de uma forma muito superficial.
Ana Paula Almeida: “Vivo cada dia como se fosse o último e nunca perco a esperança”
‘Corações Re-Partidos’ é o quarto livro da jornalista. Com este romance, que faz parte do Clube do Livro SIC, Ana Paula Almeida quis transmitir uma mensagem de esperança.
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