Aterrou no aeroporto da Portela no dia 15 de dezembro de 1960. Tinha assinado contrato com o Benfica e, apesar de ter completado a maioridade no início desse ano, a sua transferência para o clube português só foi possível após o aval da mãe, Elisa Anissabeni.
Eusébio chegou a Lisboa com uma carta escrita pela sua progenitora dirigida a Mário Coluna em que esta pedia ao capitão moçambicano que tomasse conta do seu filho. “Eu abri a carta à frente dele, li e quando acabei dei-lha para ele ler. O Eusébio leu a carta e disse: ‘A mãe está a pedir para o senhor Coluna tomar conta de mim, que aqui não conhecemos ninguém’”, contou Mário Coluna em entrevista ao Expresso, há três anos. Ele próprio acabaria por administrar a conta bancária de Eusébio até ao dia em que este se casou com Flora. “Todos os meses, quando ele recebia, íamos juntos à Caixa fazer o depósito e eu dava-lhe 500 escudos”, recorda Coluna, que foi seu padrinho de casamento.
Nos primeiros tempos, o Pantera Negra foi viver para o Lar do Jogador, em Benfica, onde ficavam alojados os colegas de equipa solteiros, cumprindo a hora de recolher obrigatória. A sua estreia no Estádio da Luz aconteceu a 23 de maio de 1961, num jogo contra o Atlético, em que marcou três dos quatro golos do Benfica. Estava dado o pontapé de saída do ‘menino de ouro’.
Especial Eusébio – Juventude
O ‘menino de ouro’ surpreendeu assim que chegou a Lisboa, em 1960
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