Diana Chaves leva já nove anos de trabalho televisivo como atriz. Aos 32 anos, sente que cresceu como mulher e vive de bem com a vida, sem receios do que os outros possam pensar ou dizer de si. Diz que a sua principal preocupação é o bem-estar da sua família, nomeadamente do companheiro, o futebolista César Peixoto, e da filha de ambos, Pilar, de dois anos.
Em Cabo Verde para gravar alguns dos episódios da nova série da SIC Sal, a atriz aproveitou para fazer uma sessão fotográfica para o catálogo da estilista Micaela Oliveira, cujas imagens ilustram estas páginas. Já de volta a Portugal, conversou com a CARAS.
– Foi a primeira vez que visitou Cabo Verde?
Diana Chaves – Não, já lá tinha estado há uns sete anos e também outras vezes a gravar esta série. É um destino de que gosto muito, sobretudo pelas pessoas, mas também por ser tão perto e com praias tão boas, mesmo ventosas [risos].
– As pessoas reconhecem-na na rua?
– Sim, têm todos os canais portugueses e adoram as novelas. É muito bom sentir-me tão acarinhada, as pessoas foram genuinamente simpáticas.
– Visitou Cabo Verde para gravar a série Sal. É uma personagem diferente das que já fez?
– Ainda não posso adiantar muito sobre isso, mas é de facto uma personagem completamente diferente, com muito humor. Divirto-me imenso. É uma série com muita qualidade e tudo se torna mais fácil. Tenho um papelito pequenino [risos], mas que adorei fazer e já vale por isso.
– Nestas fotos para o catálogo da Micaela Oliveira, faz o papel de uma mulher sensual… É fácil vestir esse papel?
– Acho que sim [risos]. Bem, qualquer mulher gosta de se sentir bonita e ali houve um conjunto de fatores em que isso aconteceu.
– Mas sente-se habitualmente uma mulher sensual?
– Acho que a sensualidade é uma coisa que vem de dentro. Sou muito descontraída e prática, por isso, no dia-a-dia não me sinto propriamente sensual, mas sinto-me bonita, sinto-me bem.
– E nos dias em que se sente menos bonita tenta contrariar essa sensação?
– Todas sabemos que isso acontece, que há dias em que acordamos e nos sentimos menos bem, mas no dia seguinte tudo melhora. Por vezes também me apetece contrariar o sentimento e arranjo o cabelo ou ponho um pozinho no rosto para me sentir melhor.
– O assédio dos fãs masculinos incomoda ou, de certa forma, faz bem ao ego?
– Um elogio é sempre bom, desde que seja com bom gosto, faz-nos sempre sentir bem. No entanto, e ao contrário do que se possa pensar, os meus fãs são maioritariamente mulheres. Adoro que assim seja, pois acho que as mulheres são muito mais exigentes umas com as outras. A verdade é que sou muito mais abordada por mulheres do que por homens.
– Nas alturas em que tem de se ausentar, como aconteceu com esta viagem, como lida com as saudades da Pilar e do César?
– Não é fácil, mas tem de ser. Felizmente, quando se trabalha muitas horas o tempo passa mais depressa e tudo é uma questão de hábito. Além disso, com as soluções tecnológicas que existem hoje em dia, torna-se mais fácil colmatar essas saudades… Mas tenho sempre muitas saudades.
– Terminadas as gravações de Sol de Inverno é altura de compensar a família das ausências?
– Como não gravava todos os dias, consegui ir compensando ao longo do processo. Claro que agora dá para gerir as coisas de outra forma, mas com ajudas tudo se faz e sempre consegui conciliar bem as coisas, sem grandes dramas.
– E já há novos projetos?
– Ainda nada. Tenho um ou outro trabalho pontual, mas de novelas ainda nada planeado.
– À medida que a Pilar cresce aumenta a vossa proximidade?
– A Pilar é muito ligada a toda a família, pois passa muito tempo com todos e gosta muito de toda a gente. Acho isso super saudável, pois tem muita gente que a ama. Mas sim, tem uma ligação muito forte comigo, mas também com o pai e à medida que vai crescendo e verbalizando melhor os seus sentimentos as coisas sentem-se com mais intensidade.
– Esta seria a altura certa para voltar a ser mãe ou quer dedicar-se à carreira?
– Não sei… Acho que tudo tem um timing e neste momento não tenho muita pressa de voltar a ser mãe. Logo se vê [risos]. A Pilar também já tem um irmão [o filho de César Peixoto, Rodrigo], tem primos, está muito tempo com eles e também não tem essa necessidade.
– Parece conseguir equilibrar bem o lado pessoal com o profissional, até na forma como protege a sua família dando simultaneamente a conhecer algo da sua vida. Essa gestão foi programada?
– Sinceramente, não penso muito nisso. Sou muito emotiva e funciono muito com o coração. Já sei e percebo que as pessoas tenham curiosidade em conhecer a nossa vida pessoal. Há coisas que não tenho de mostrar, outras que não vejo qualquer problema em partilhar… É consoante o que me apetece no momento e acho que ninguém tem de criticar. Eu não critico a vida dos outros e sou apologista de que cada um faça o que quer. Estou um bocadinho farta de ouvir as pessoas julgar os outros e todos temos de perceber que a liberdade de uns termina onde começa a dos outros.
– E tem sempre demonstrado isso, parecendo apenas preocupada consigo e com a sua família sem ligar a opiniões alheias…
– Completamente. É claro que há coisas que magoam, mas importo-me com a minha vida e a minha família e não com as opções dos outros. Não perco muito tempo com o que dizem porque tenho sempre a minha consciência tranquila já que ajo em conformidade com o que sinto.
– Falemos do Dia da Mãe… Agora que é mãe, isso sobrepõe-se à tristeza de ter pedido a sua?
– Já passaram muitos anos e há sempre uma nostalgia associada, mas quando as coisas estão resolvidas e não tivemos falta de amor nem carinho, a tristeza não existe e dá lugar à saudade. Não sou uma pessoa triste… Claro que nunca é a mesma coisa, mas tudo depende da forma como encaramos a vida e eu vejo sempre o copo meio cheio em tudo. Procuro sempre o lado bom das coisas.
– Já falou da sua mãe à Pilar?
– Não. Ela é muito pequenina e poderia confundi-la. Ela só conhece uma avó e teria de lhe explicar outras coisas . Acho que ainda é muito nova para isso.
– Sendo a Pilar filha única da sua parte, é difícil não a tornar demasiado mimada?
– [risos]. Nem sequer penso nisso, pois acho que o mimo é muito bom. Sou mimada, sempre fui e não é por isso que os meus valores se alteram. Acho que se a educação for boa, o mimo nunca é demais.
Diana Chaves: “Sou emotiva, funciono com o coração”
Em Cabo Verde, a atriz, de 32 anos, diz que a forma positiva como encara a vida a faz sentir-se bem na sua pele e não se incomodar com a opinião dos outros sobre as suas decisões.
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