O último ano e meio foi intenso para Daniela Ruah: ficou noiva, foi mãe e continuou a viver o sonho americano, com a sua participação na série Investigação Criminal: Los Angeles. Em Portugal para ultimar os preparativos do seu casamento com David [Dave] Paul Olsen, que terá lugar ainda este mês, junto ao mar, a atriz desvendou em exclusivo à CARAS alguns pormenores sobre esse dia que será partilhado com o filho, River Isaac, de cinco meses. Uma conversa que aconteceu no final da apresentação do projeto Rock in Rio – 30 Anos, 30 Sonhos, do qual Daniela, de 30 anos, é embaixadora, e em que começou por confessar: “Estou um bocadinho nervosa, não tanto pelo casamento, porque já vivemos juntos há três anos e temos um filho em comum, mas porque quero que tudo corra bem nesse dia. Farto-me de falar de Portugal aos meus amigos e colegas e achei que o meu casamento seria a oportunidade perfeita para as pessoas virem cá.”
A dificultar a tarefa, Daniela acumulou os preparativos de um casamento à distância com a gravidez e os primeiros tempos de maternidade, mas desdramatiza: “Da última vez que estive em Portugal já estava grávida e acabei por organizar muitas coisas antes de o bebé nascer. Já tinha o local marcado, o vestido escolhido… tive de me organizar. Felizmente, contei com a ajuda de muita gente. Vai ser uma coisa muito à nossa maneira, já que vamos juntar a minha religião [judaica], com a dele [luterana].”
– Como vai ser a cerimónia?
Daniela Ruah – Não vai ser pelo civil, nem vai ser numa igreja ou sinagoga. Vamos fazer uma cerimónia tradicional, mista, e o meu pai e o do David é que nos vão casar. Mais pessoal do que isso não poderia ser [risos].
– Essa ideia partiu de vocês?
– Sim. E um dos pais disse logo que sim, o outro é que teve de ser convencido… O Dave está sempre a dizer que devemos adicionar e nunca retirar à vida, e como temos culturas diferentes em termos de religião, queremos educar o nosso filho a sentir-se confortável com as duas culturas. E assim o nosso casamento passa a ser super pessoal. Não há de haver nenhum igual. Teremos coisas da tradição judaica, como pisar o copo e casar debaixo de uma tenda, e depois faremos coisas daquilo que é a tradição do Dave, e que ele escolherá ou o pai dirá. Vai ser uma cerimónia muito especial.
– Se são os vossos pais que vos vão casar, com quem vai entrar na cerimónia?
– Será na mesma com o meu pai. Ele entrega-me ao Dave e fica lá [risos].
– E o vestido já está escolhido? Foi difícil?
– Essa foi uma das coisas que tratei da última vez que cá vim, estava grávida de nove semanas. Foi muito fácil e contei com a ajuda imprescindível da minha mãe. Fiz recentemente a prova do vestido já sem estar grávida e está tão lindo [risos]! Estou super feliz… É da Rosa Clará, que fez um trabalho lindo, e estou mesmo muito contente.
– E quem são os padrinhos?
– Bem, não vamos ter os padrinhos tradicionais, mas sim um grupo de seis amigas e amigos que vão de bridesmaids e groomsmen. O irmão do David, o Eric Olsen [colega da atriz em Investigação Criminal] será um dos groomsmen e a mulher dele, que também é atriz, a Sarah Wright, será uma das bridesmaids.
– Percebe-se que todos os pormenores foram pensados por vocês…
– Contámos com a ajuda da Casa do Marquês, da minha mãe e do João Belo. Naturalmente, quem está à cabeça sou eu, que dou as ideias e explico o que quero. Fiz imensa pesquisa para cada pormenor.
– E como é que idealiza esse dia?
– Vai ser com certeza o dia mais feliz da minha vida, porque também lá estará o nosso filho. Desde que estejamos os três… Serei eu, o meu marido, o nosso filho, os nossos pais, está toda a gente que eu adoro, por isso, será perfeito.
– Mudando um pouco de assunto, tornou-se uma mulher diferente desde que foi mãe
– Acho que ainda estou em fase de transição, mas é óbvio que há algo que mexe com a nossa alma. Há uma ligação imediata quando o bebé sai de nós e vem para os nossos braços. Neste momento, quero proteger-me a mim própria, para poder estar cá para o proteger e ver crescer.
– Consegue continuar a ser a Daniela além da mãe?
– No início é um desespero, mas acho que é algo a que temos de nos habituar. Temos um instinto protetor, queremos estar com o bebé a tempo inteiro e sentimo-nos perdidas. Tive imensos pesadelos no princípio, acordava para ver se ele estava a respirar… Tive de me habituar a que as coisas estão bem e que eu não tenho de estar sempre em cima do acontecimento. O pai também pode estar atento e eu tenho de lhe dar essa liberdade. E à maneira dele, o Dave sabe consolar o bebé e eles também precisam de criar essa ligação.
– Foi um amor imediato?
– Amei o River assim que veio para os meus braços, já o amava dentro de mim, mas não deixa de ser outra pessoa, um ser com vida própria que se junta às nossas vidas. Por isso, também teve de haver uma adaptação, mas o amor vai crescendo muito depressa e não pára nunca. Também há mães que sentem uma ligação imediata durante a gravidez e eu não senti… Houve um colega que me disse que o facto de ter estado sete meses a fingir que não estava grávida por motivos profissionais fez com que não houvesse essa ligação imediata. Assim que parei de trabalhar e entrei em licença de maternidade, passei a exibir orgulhosamente a minha barriga!
– Apesar de o River só ter cinco meses, já dá para perceber com quem é mais parecido
– Ele tem uma personalidade muito própria, mas fisicamente é a cara chapada do pai. Tem o formato dos meus olhos, mas tem a pele muito clara e uns reflexos no cabelo ruivos alourados, como o Dave.
– Foi complicado regressar ao trabalho e deixá-lo?
– Não deixei. Felizmente, a produção deixa-me levá-lo comigo para o estúdio, onde fica com a babysitter. Como estou a dar de mamar, assim torna-se bastante mais cómodo.
– E o River vai ser educado com as duas culturas?
– Já é. Em casa eu falo português, o Dave, inglês, e a babysitter, espanhol. A família dele do meu lado está toda cá e portanto cabe-me a mim mantê-lo próximo.
– Com um filho, não sente mais saudades de Portugal?
– Sobretudo tenho pena que os familiares não estejam mais próximos. Apesar de os meus pais o verem diariamente em vídeo e fotos, o cheiro e o toque tornam tudo diferente. Ele ainda tem bisavós, e tenho pena que só possamos estar todos juntos duas vezes por ano.
– E isso não a leva a ponderar um regresso?
– Por motivos profissionais e financeiros vou poder proporcionar-lhe uma vida melhor lá do que cá.E acho que enquanto estiver a trabalhar funciona melhor para a nossa família estarmos nos EUA.
– Costuma pedir conselhos à sua mãe sobre a educação do seu filho?
– Claro, mas os meus pais são muito queridos e querem saber de que forma eu quero as coisas feitas, não impõem nada. E isso facilita muito.
– E como é o River como bebé?
– Depende. Umas vezes dorme mais horas, outras menos. Eu própria estou a aprender como se faz, como é que ele funciona. Estamos a aprender a lidar um com o outro.
– E como é que consegue equilibrar a maternidade com as responsabilidades profissionais e de casa?
– Não aconteceu tudo ao mesmo tempo. Comecei primeiro a trabalhar, quando engravidei já sabia como era o meu horário diário, quando o bebé nasceu houve uma fase de transição e fazia-me imensa falta dormir, mas tive de me habituar. Acho que somos seres flexíveis, adaptamo-nos ao que nos rodeia. Eu e o Dave funcionamos muito como equipa e ele é muito companheiro, posso contar com ele para tudo.
– E como é enquanto pai?
– É ótimo, muito participativo. Faz tudo à maneira dele e a verdade é que funciona.
– Já sabia que ele seria assim?
– Já, se não, não o tinha escolhido [risos]! Foi tudo muito bem planeado. Eu idealizo muito tudo [risos]!
Daniela Ruah sobre o casamento: “O meu pai e o do David é que nos vão casar. Vai ser perfeito”
A atriz e David Paul Olsen oficializam a relação amanhã em Cascais, numa cerimónia íntima à beira-mar. O filho, River Island, vai assistir à cerimónia.
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