Tal como a grande maioria dos pilotos, Filipe Albuquerque entrou no mundo do desporto motorizado através dos karts. Tinha apenas oito anos quando sentiu, pela primeira vez, a adrenalina de correr numa pista, a mesma que ainda hoje o faz falar com paixão da profissão que escolheu. “Comecei as corridas como um hobby mas hoje em dia dedico a minha vida a cem por cento às corridas. É, de facto, uma paixão, é puro prazer”, revelou Filipe à CARAS. Ao lado da advogada Joana Pires Araújo, com quem namora há cinco anos, o piloto contou como viveu estes dias que antecedem a sua estreia nas 24 Horas de Le Mans, a mais dura corrida de automóveis do mundo, admitindo ainda que a perseverança e confiança que revela em pista o ajudaram a ganhar coragem para conquistar o grande amor da sua vida.
– Fez anos no passado dia 13, véspera das 24 Horas de Le Mans. A sua data de aniversário costuma dar-lhe sorte na conquista de palmarés…
Filipe – Sim, têm-se realizado coisas interessantes… Fiz o meu primeiro teste oficial privado de Fórmula 1 num dos meus aniversários e este ano vou ter as 24 Horas de Le Mans. O dia 13 é o dia da Parade, em que os pilotos andam pelas ruas da cidade de Le Mans com os fãs, um dia de festa, vai ser giro.
– Consegue descansar na véspera das corridas?
– Consigo. Acho que o meu corpo reage muito bem, pois a maneira que encontro para fugir à pressão é dormir. Como tenho bom sono, recupero logo energias, o que é ótimo, consigo relaxar.
– A Joana costuma acompanhar as corridas do Filipe?
Joana – Tentamos fazer um equilíbrio, tento ir mais ou menos a metade das corridas. Mais do que isso é estar a viver só a vida dele, menos do que isso também acho que não é participar de uma parte importante do dia-a-dia do Filipe. Hoje em dia sou completamente fã do desporto automóvel.
– Não gostava de corridas?
– Não, de todo. Hoje em dia sou capaz de estar em casa sozinha e ver uma competição na televisão, coisa que há cinco anos nunca aconteceria.
Filipe – Mas agora também já conhece alguns dos pilotos e sabe o que esperar deles…
– Até que ponto é importante a presença da Joana nestas provas?
– É ótimo porque ela já me conhece muito bem, sabe das minhas frustrações e ajuda com pequenas coisas. Vou desabafando e posso dizer-lhe coisas que não digo a mais ninguém. É importante poder, de vez em quando, baixar a guarda, para depois voltar à luta.
– Para a Joana deve ser uma segurança sentir que tem a seu lado uma pessoa lutadora, que não se deixa ir abaixo e que sabe lidar bem com as frustrações…
Joana – Para mim o Filipe é todos os dias um exemplo de otimismo, perseverança, mas sobretudo de garra. Ele é bem disposto por natureza e mantém essa boa disposição mesmo quando as coisas não correm pelo melhor. Ajuda sempre a pôr todas as outras dificuldades em perspetiva perceber que tenho ao meu lado uma pessoa que luta sempre, independentemente das circunstâncias.
– Parece que o Filipe foi perseverante até na forma como a conquistou…
– Sim. Nós somos de Coimbra, onde toda a gente se conhece, e sempre que saía à noite o Filipe acabava por aparecer no grupo de amigos. Vim a saber mais tarde que eram manobras subtis dele! Uma noite ele desafiou-me a sair com uns amigos comuns, que nunca chegaram a aparecer, e acabámos a jantar só os dois [risos].
– Que corajoso, Filipe…
– Destemido, sim. As corridas ensinam-nos a lutar pelo que queremos e essa confiança ajudou-me a conquistar a Joana.
– O casamento está nos vossos planos?
Joana – Vivemos juntos há dois anos e meio e sentimo-nos mais do que casados. Os valores que definem um casamento já são a forma como encaramos a nossa relação. O casamento para nós não é importante.
Filipe Albuquerque: Confiança e otimismo dentro e fora de pista
A dias de concretizar um sonho – correr as 24 Horas de Le Mans –, o piloto revelou como conquistou a advogada Joana Pires Araújo
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