Simão Morgado e Sara Biscaia Fraga: “A nossa filha fortaleceu-nos muito”

Um mês e meio depois de terem sido pais de uma menina, Rosarinho, Simão Morgado e Sara Biscaia Fraga ainda se estão a habituar às noi­tes mal dormidas e às novas responsabilidades. De férias no Algarve, as primeiras em família, o antigo nadador olímpico e a companheira revelam que agora se sentem ainda mais completos.
– Como está a correr esta experiência da paternidade?
Simão Morgado – Está a ser ótima, é uma altura muito bonita. A cada dia que passa a Rosarinho interage mais connosco… No início sentimos que não há uma gran­de proximida­de, mas agora já nos reconhece como pais e já começamos a ter momentos mais afetuosos. Depois tem o outro lado… Custa um bocadinho à noite, às vezes. Temos de nos habituar a ela e às mudanças inevitáveis.
Sara Fraga – Somos ambos pais sem experiência e tudo é novidade. Vamos criando hábitos [risos].
– Ela é uma bebé sossegada?
Simão – Às vezes demora um bocadinho a adormecer e ainda estamos a tentar perceber o que a torna mais tranquila. Andamos a fazer experiências com as horas do banho e de mamar antes de dormir… Depois dorme várias horas seguidas e a Sara até tem de a acordar para dar de mamar.
– Sara, o amor pela Rosarinho foi imediato ou foi crescendo?
– Os primeiros dez minutos foram realmente muito estranhos. Não sei explicar… Depois começou a surgir uma ligação inexplicável e agora já não consigo viver sem ela.
Simão – Assisti ao parto e vi a cara da Sara quando a Rosarinho nasceu… Foi um choque para ela, mas assim que a amamentou criou uma ligação imediata.
– A Rosarinho trouxe inevitavelmente mudanças à vossa vida a dois. Como têm lidado com isso?
Simão – Adoramos desporto, ar livre, passamos sempre férias aqui e fazemos inúmeras atividades. Agora isso acabou [risos]. Vamos à praia a correr, durante uma hora ou duas, pois não faz sentido eu ir e a Sara ficar em casa, já que fazemos tudo em con­junto. Estamos a habituar-nos e na realidade não pensamos muito nas mudanças. Quando estamos longe da nossa filha só queremos ir ter com ela.
Sara – Agora a minha prioridade é a Ro­sarinho. É impossível estar mais de duas horas longe dela, mas nesses intervalos tentamos aproveitar para fazer alguma coisa. Trouxemos uma pessoa para nos ajudar e isso facilita bastante.
– Percebe-se que o Simão é um pai atencio­so. Faz tudo?
– Sou eu que mudo as fraldas [risos]. É giro, porque as enfermeiras no hospital disseram que era raro ver um pai com tanta destreza como a que demonstrei. Quem assiste a um parto vê a forma como os médicos e as enfermeiras pegam nas crianças e acho que isso faz-nos perceber que as coisas têm de ser feitas com naturalidade.
– Foi instintivo ou tentaram preparar-se para a chegada dela?
– Acho que nunca ninguém está preparado, talvez ao tercei­ro filho [risos]. Claro que vamos ouvindo conselhos, mas será sempre na base da experiência.
– Tornaram-se pessoas diferentes?
– Acho que sim. Todas as conversas agora são em torno dela. Se discutimos, é sobre ela [risos]. Tornámo-nos mais responsáveis e sabemos que não podemos vacilar em nada. A Sara cresceu muito, está muito mais responsável.
– A Rosarinho veio fortalecer o vosso amor?
– Completamente. Claro que quando ela começa a chorar às quatro da manhã e não sabemos como a acalmar esquecemos o amor e passamos a ‘bola’ um ao outro [risos]. É difícil e às vezes falamos de forma mais ríspida um com o outro, mas acho que a nossa filha nos fortaleceu muito enquanto casal. Os planos são cada vez mais fortes e a pensar nos três, ou nos quatro ou nos cinco [risos].