Estas foram as primeiras férias a dois de Carolina Patrocínio e Gonçalo Uva desde que foram pais de Diana, há cinco meses. Por isso, a possibilidade de passarem uma semana na Tailândia, completamente dedicada um ao outro, foi uma espécie de “segunda lua-de-mel”. Entre as caminhadas pela cidade de Banguecoque, os mergulhos nas cataratas de Namuang e os passeios de elefante em Koh Samui, a apresentadora e o advogado e jogador de râguebi aproveitaram todos os momentos para namorar.
Seis dias depois e já em Lisboa, em casa de ambos, durante uma das sestas de Diana, a CARAS conversou com a apresentadora, já que Gonçalo se encontrava num fim de semana de estágio para o Grupo Desportivo de Direito de râguebi.
– Esta foi a vossa primeira viagem depois do nascimento da Diana. Como correu?
Carolina Patrocínio – Já tínhamos passado alguns fins de semana fora de Lisboa, mas levámo-la sempre connosco. Esta viagem foi mesmo a primeira depois de ela ter nascido e não poderia ter corrido melhor. Foi uma semana de sonho!
– Porque escolheram a Tailândia como destino?
– A Tailândia já tinha surgido como opção quando planeámos a nossa lua-de-mel no ano passado. No entanto, acabámos por escolher África, fizemos um safari na Tanzânia seguido de uma semana de praia em Zanzibar, e foi também uma viagem incrível. Achámos que haveria mais oportunidades de ir ao sudeste asiático, uma vez que é um destino bastante mais acessível e que não tem tantas restrições em relação à altura do ano.
– Estiveram em Banguecoque e Koh Samui. O que gostaram mais?
– Adorámos Banguecoque, é uma cidade cativante, de contrastes, incrivelmente movimentada e com uma cultura que nos desperta curiosidade. Koh Samui é totalmente diferente, um verdadeiro oásis tropical com paisagens e praias perfeitas. Portanto, o nosso mood foi diferente de um sítio para o outro. Na Ilha de Samui procurámos fazer um turismo mais próximo da natureza e aproveitámos também para descansar. Mas o que realmente mais nos impressionou na Tailândia foi o respeito e devoção à religião budista e a forma simples como os tailandeses vivem, seguindo a máxima de que “menos é mais”.
– Entendem-se facilmente em viagem? As vontades e gostos podem por vezes diferir…
– As vontades e gostos podem nem sempre ser os mesmos, mas numa viagem como esta é normal que não haja vontade de discordar em nada. Estamos juntos há seis anos, conhecemo-nos muito bem e acho que somos a melhor companhia um para o outro.
– A vossa cumplicidade e a forma como se divertem juntos é visível. Acredita que essa é a base da vossa relação?
– Para um casal se dar bem e se divertir em conjunto não acho que seja obrigatório terem feitios iguais. No nosso caso temos personalidades parecidas, acho que somos os dois pessoas easy going, descomplicados, pouco conflituosos, sempre prontos para “ir” e aproveitar a vida.
– De certa forma, esta viagem foi como uma segunda lua-de-mel. Deu para namorar e recuperar alguns momentos perdidos?
– Foi sem dúvida uma segunda lua-de-mel. Veio na altura certa e houve tempo para tudo: visitar, conhecer, namorar e descansar. Não havia necessidade de recuperarmos ‘tempo perdido’ porque todos os momentos com uma bebé tão pequena só podem ser aproveitados ao máximo. O tempo é curto e passa depressa demais.
– Calculo que tenha sido difícil estar longe da Diana estes dias…
– Confesso que nos primeiros dias consegui desligar totalmente. Sabia que ela estava bem entregue e talvez por isso a minha cabeça tenha ficado bem longe de Portugal. As saudades só começaram a apertar nos últimos dois dias de viagem, se calhar porque inconscientemente sabia que estava quase a voltar a vê-la. Aí já só me apetecia ver fotografias dela, pegar-lhe ao colo e apertá-la.
– Mas imagino que o telefone tenha sido um companheiro indispensável…
– Infelizmente, os telemóveis são uma companhia indispensável hoje em dia. Mas a Dianinha não tem culpa nenhuma nisso [risos], até porque não ligámos para Portugal uma única vez. Íamos sabendo dela pelo chat, quando tínhamos acesso à Internet. Acho que se tivesse passado os dias a ligar e a vê-la pelo Skype teria tido ainda mais saudades.
– Estes momentos em que se podem dedicar totalmente um ao outro são fundamentais para o bem-estar da vossa relação?
– São momentos indispensáveis para nós e acho que para qualquer casamento. Não há nada melhor do que viajar a dois, estar longe de tudo por uns dias. Longe do trabalho, da família e de tantas outras influências externas. Fugir da nossa zona de conforto, do conhecido, dos amigos e do habitual.
– Com quem é que a Diana ficou?
– Ficou com a avó, mãe do Gonçalo, e acabou por ir também passar uns dias em casa da minha mãe, onde estavam todas as minhas irmãs e sobrinhos.
– É bom contar com a ajuda da vossa família no crescimento da vossa filha…
– Não é apenas bom, acredito que é mesmo das melhores coisas que podemos dar à nossa filha: a possibilidade de crescer junto de uma família tão grande e unida, onde toda a gente a adora e a quer ver crescer. É um luxo contarmos com a ajuda e a estrutura familiar onde temos o apoio logístico de que precisamos. É preciso ter muita coragem para ter filhos não tendo qualquer ajuda familiar, não ter alguém de confiança com quem se possa deixar os filhos quando é preciso.
– A Diana veio fortificar a vossa relação?
– Tanto o Gonçalo como eu queríamos muito ser pais, por isso foi um sonho que realizámos. Não veio só solidificar mas também dar mais sentido ao nosso casamento. E não vamos ficar por aqui [risos].
– Apesar de ela ser bastante serena, haverá alturas em que seja difícil terem tempo de qualidade a dois e até individualmente. Como lida com essas ocasiões?
– A Diana é um bebé fácil, que dá pouquíssimo trabalho, mas de serena e calma não tem nada [risos]. É a definição de agitação e excitamento! Mas está perfeitamente adaptada às rotinas de sestas e refeições, por isso, basta cumprir os seus horários que não a ouvimos chorar durante semanas. Ri-se para toda a gente e gosta de estar no meio do acontecimento. Obviamente que, mesmo sendo um bebé fácil, temos tido menos tempo de qualidade juntos, mas já sabíamos que isso iria acontecer. Ainda somos novos e estamos com energia para estes primeiros anos que queremos ter mais bebés em casa. Há alturas e tempo para tudo.
– Conversam sobre a educação e os valores que lhe querem transmitir, ou é intuitivo?
– A educação que ambos tivemos foi-nos transmitida através do exemplo dos mais velhos, portanto, não é algo que precisemos de discutir, vai surgindo de forma intuitiva. E nesta fase tudo o que temos de lhe passar são muitos mimos, atenção e rotinas.
– Planeiam ter família grande?
– Sim! Mas não para já…