Nove dias depois de Fernando de Sousa ter morrido na sequência de uma embolia pulmonar quando acompanhava, em Milão, a cimeira dos chefes de governo europeus sobre o emprego, o funeral aconteceu em Lisboa, no Centro Funerário Santa Joana Princesa. Ali se reuniram dezenas de amigos e colegas do jornalista da SIC, que quiseram prestar uma última homenagem a “um homem sempre pronto para trabalhar, independentemente das circunstâncias”, como referiu Alcides Vieira, diretor de Informação do canal, acrescentando: “A verdade é que é quase insubstituível. Era uma pessoa muito afável, amiga, muito alegre e que gostava muito de viver. Tinha sempre uma palavra de incentivo.”
Sem cerimónias católicas, o velório ficou marcado por um vídeo com alguns dos momentos mais relevantes da carreira de Fernando de Sousa, e que incluiu também testemunhos de familiares, amigos, colegas e eurodeputados.
Muito consternado, o jornalista João Adelino Faria recordou o início da sua relação com Fernando, de quem confessou já sentir muitas saudades: “Ele cuidou de mim quando eu era um jovem aprendiz desta profissão. Eu dizia-lhe que já era crescido, mas ele quis sempre apoiar-me e tornámo-nos amigos verdadeiros. Infelizmente para nós e felizmente para ele, morreu da maneira que queria, pois dizia que terminaria os seus dias de microfone na mão.”
Também António José Teixeira recordou a sua amizade com o jornalista: “Conheci-o no Diário de Notícias, no início dos anos 90. Era um homem muito humilde, disponível e com uma entrega ao jornalismo sem igual, Ele respirava o jornalismo, essa era a sua vida.”
Após o velório, o corpo seguiu para o Cemitério do Alto de São João, onde foi cremado.
Familiares e amigos despedem-se de Fernando de Sousa em Lisboa
Por motivos burocráticos, o corpo do jornalista só chegou a Lisboa uma semana depois da sua morte, em Milão, onde estava a acompanhar a cimeira dos chefes de governo europeus sobre o emprego.