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Manoel de Oliveira morreu esta manhã, aos 106 anos. Era o mais antigo realizador de cinema no ativo e do seu currículo constam 32 longas-metragens.
O cinema dava ainda os primeiros passos quando Manoel de Oliveira nasceu, a 11 de dezembro de 1908. E o realizador costumava contar que se recordava de, aí pelos seis anos, ir ver filmes de Charlie Chaplin ou Max Linder com o pai, um industrial portuense que foi o primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal. Desse tempo ficou-lhe a vontade de se tornar ator de comédia. Fez um curso de representação e ainda interpretou pequenos papéis nos filmes
Fátima Milagrosa e
A Canção de Lisboa. Mas seria a realização a impor-se na sua vida, estreando-se com a curta-metragem
Douro, Faina Fluvial, em 1931. Data de 1942 a primeira longa-metragem,
Aniki Bobó, mas só em 1963 voltaria a rodar uma longa-metragem,
Acto da Primavera. Foi nos anos 70 que iniciou um trabalho regular nesta área, que manteve a um ritmo impressionante até ao último ano de vida. Ainda em 2014, rodou a curta
O Velho do Restelo.
Na sua juventude, Manoel se Oliveira destacou-se no atletismo e chegou a ser campeão nacional de salto à vara. O automobilismo e a vida boémia caracterizaram este período da sua vida, muito antes de o cinema se tornar a sua atividade principal e lhe dar um lugar de destaque no panorama mundial da sétima arte.
Manoel de Oliveira deixa viúva
Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais, nascida em 1918 e com quem se casou em 1940. Tiveram quatro filhos:
Manuel Casimiro,
José Manuel, Isabel Maria e
Adelaide Maria. Tinha vários netos, um deles o ator
Ricardo Trêpa, e bisnetos.