Sara Prata, de 30 anos, não confirma nem desmente o alegado envolvimento amoroso com Lourenço Ortigão, um romance que terá começado há aproximadamente dois meses, quando estiveram em Angola a gravar cenas da novela A Única Mulher. Discreta, a atriz também não quer fazer comentários sobre o fim do seu namoro com o cantor Filipe Gonçalves, mas assegura que esta separação não deixou amarguras. Apesar de estar oficialmente solteira, Sara continua a querer casar-se e a ter “um monte de filhos.” E foi precisamente os seus sonhos, desejos e também algumas angústias que a atriz revelou nesta entrevista.
– Muito se tem escrito na imprensa sobre a sua alegada relação amorosa com o Lourenço…
Sara Prata – Não falo sobre isso.
– Mas não quer confirmar ou desmentir se estão juntos?
– Não…
– Estes rumores interferiram na relação profissional que tem com o Lourenço, uma vez que estão a trabalhar juntos em A Única Mulher?
– Esses rumores fazem parte do mundo paralelo à representação. Sei a minha verdade, o que vivo e é muito especial manter isso só para mim. Portanto, não me sinto incomodada com os rumores sobre mim e o Lourenço. Como é óbvio, isso não afetou a nossa relação profissional. Adoro trabalhar com o Lourenço.
Já tínhamos trabalhado juntos e somos amigos há muito tempo. É um homem que respeito, acima de tudo, e sei que ele tem esse mesmo respeito por mim. É verdade que temos uma grande amizade e é bom termos no trabalho alguém em quem nos podemos apoiar e que tenha os mesmos objetivos.
– Terminou recentemente o seu namoro com o Filipe Gonçalves. Como está a viver esta nova fase?
– Não quero falar sobre o fim da minha relação com o Filipe. O que posso dizer é que atravesso uma fase com muitas mudanças e em que percebi quais são os objetivos que quero alcançar numa relação. Um casal tem sempre de se reger pela amizade que fica, pelas histórias vividas. As pessoas especiais permanecem dentro de nós. E o meu namoro com o Filipe foi uma história muito bonita.
– É, portanto, uma história que não deixou amarguras…
– Sim, não ficaram amarguras.
– Sente que agora é tempo de estar sozinha ou já está preparada para ter uma nova relação?
– Acredito no amor eterno até ao dia em que ele acaba. Quando estou apaixonada, atiro-me de cabeça e amo de verdade. Mas quando uma relação acaba, aceito. Agora, é tempo para estar com os outros. Estou equilibrada e sinto-me bem na minha pele. E quero desfrutar deste tempo. Quero alcançar os meus sonhos e objetivos. Acredito em mim e não me aborrece estar sozinha.
– Mas gostava de se casar?
– Gostava de me casar, mas nas cerimónias mais estrambólicas que se possam imaginar!
– Como por exemplo?
– Teria de me casar num bosque, numa praia selvagem, numa ilha deserta a comer o coração de um animal numa tribo doida ou num salto de uma montanha…
– É uma mulher com muitos sonhos por realizar?
– Desejo muito ser feliz. Quero ser uma mulher bem sucedida, deixar a minha marca e sinto que caminho nessa direção. Aliás, saí de casa aos 15 anos para poder estudar representação. O que faço não é uma profissão e sim uma paixão. Também gostava de ter um monte de filhos, mas como já estou com 30 anos, já não devo ter os cinco filhos que sempre idealizei…
– E tem muitas angústias?
– Tenho muitas! Os meus 30 anos estão a ser uma fase de muitas questões… Agora está tudo mais calmo, mas senti que só agora parei e olhei realmente para o que fui, percebi o que sou e o que quero ser. Foi o primeiro balanço que fiz na minha vida e obviamente daí surgiram muitas angústias…
– A Daniela, a sua personagem em A Única Mulher, é, tal como a Sara, muito emotiva e espontânea…
– A Daniela é muita coisa… É uma mulher com a boca perto do coração, é uma mulher de garra, com muita vontade, mas depois a vida e as outras personagens tiram-lhe constantemente o tapete. Na Daniela consegui explorar muitas realidades. Andei nos bairros e tive um contacto muito direto com as pessoas. Ela também foi acompanhante de luxo e tentei explorar essa realidade, mas percebi que é um universo muito fechado, com regras próprias.
– Esteve recentemente a gravar em Angola. Foi uma viagem que vale a pena recordar?
– Sim, porque foi uma experiência única! Angola tem um calor muito próprio… Recebi um abraço de aconchego e de pertença e foi bom sentir isso por parte de um país tão diferente do nosso. O mais interessante foi o contacto que tive com uma realidade muito mais simples. Aqui, sem querer ofender ninguém, somos mimados e queixamo-nos muito. Obviamente, estamos a passar por um período complicado, eu também sinto bem perto de mim essas dificuldades, mas temos tantas outras coisas… Nós temos tantos legumes numa sopa!