A viver em Portugal há 23 anos, o brasileiro Zeno Cunha tem dedicado a sua vida a diversos negócios ligados à restauração. Durante muitos anos era frequente vê-lo em eventos sociais, por norma acompanhado pela filha, Mariana, ainda criança. Os anos foram passando e Mariana tornou-se uma adolescente bonita, simpática, educada e… com uma voz invulgar, que conquistou o júri do programa Ídolos, da SIC. Depois de ter passado três eliminatórias, Mariana continua entre os concorrentes que procuram conquistar um lugar na grande final deste talent show. Só lhe falta, assume, descontrair um pouco mais em palco, já que musicalidade tem de sobra, ou não fosse filha da cantora lírica Juliana Foltran Mauger, de quem Zeno se separou quando a filha tinha dois anos.
– Houve um esforço de ambos para que a Mariana não fosse afetada pelo afastamento dos pais?
Zeno – O começo de uma separação é sempre muito difícil, mas depois o tempo cura tudo e as feridas saram. Hoje dou-me lindamente com a mãe da Mariana. Ela entretanto casou-se de novo, teve mais três filhos, de quem gosto muito, está muito feliz e eu fico feliz por isso.
– E conseguiu acompanhar de perto a vida da Mariana, viam-se com regularidade?
– Sim, a Mariana vivia com a mãe em Ferreira do Zêzere mas passava os fins de semana e as férias comigo. Às vezes acordava às cinco da manhã para ir levá-la a tempo de entrar na escola. São 190 quilómetros e fiz isto durante muito tempo. Há dois anos ela decidiu vir estudar para Lisboa. Eu morava sozinho… e a alegria de partilhar a vida com um filho é enorme! Agora ela está a estudar artes na escola Amor de Deus, que é ótima e ela adora. É muito importante, porque é a única coisa que posso deixar-lhe: uma boa formação. Depois, a vida vai levá-la.
– Foram precisamente os seus colegas de escola que descobriram que cantava bem e decidiram inscrevê-la nos Ídolos…
Mariana – É verdade. Ao pé das minhas amigas estou sempre a cantar e só entrei porque um amigo me inscreveu, caso contrário não teria tido coragem de o fazer. Incentivaram-me imenso, estiveram horas à minha espera no casting, foram fantásticos.
– Pediu conselhos à sua mãe na escolha das músicas que poderia cantar, por exemplo?
– A minha mãe esteve comigo o tempo todo, ajudou-me imenso a vários níveis, treinámos a voz e as músicas.
– Ela já sabia que tinha essa voz, calculo?
– Sim, desde pequenina que ando em escolas de música. Fazia parte de um coro e tinha formação musical e piano, de que gostava imenso. Quando vim para Lisboa deixei de ter aulas mas continuei a cantar, porque é o que mais gosto de fazer. Estou sempre a cantar…
– E é isso que gostaria de fazer profissionalmente?
– É o meu sonho, mas acho que preciso de um bocadinho mais de formação. Sinto que me falta um bocadinho mais de segurança. Não estou acostumada a cantar em palco. Canto apenas em casa, para os meus amigos e para a família.
– Enquanto pai, não deve ter sido fácil ver a Mariana triste quando ouviu o primeiro não do júri…
Zeno – O meu tesouro é ela. Ela ficou triste, eu também. Um filho é como a explosão de uma estrela na nossa vida. Mas depois o Paulo Ventura acabou por lhe dar mais uma oportunidade e aí foi uma enorme alegria.
Zeno Cunha ao lado da filha, Mariana, na conquista do sonho de ser cantora
“Um filho é como a explosão de uma estrela na nossa vida.” (Zeno)
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