O juiz de instrução determinou esta sexta-feira, 10 de julho, a prisão domiciliária de Armando Vara, detido na quinta-feira por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, no âmbito da ‘Operação Marquês’.
Em comunicado, a mesma fonte indicou que o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal “decidiu aplicar ao arguido as medidas de coação de obrigação de permanência na habitação sujeita a vigilância eletrónica e de proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos no processo”.
Armando Vara, de 61 anos, foi detido na quinta-feira por elementos da PSP que também realizaram buscas à sua casa, escritório e instalações da Caixa Geral de Depósitos.
Em setembro do ano passado, Armando Vara foi condenado a cinco anos de prisão efetiva, no processo Face Oculta, por tráfico de influências. Esta decisão está em recurso no Tribunal da Relação do Porto.
A ‘Operação Marquês’, relacionada com diversos crimes económicos, já conta com nove arguidos, sendo que o ex-primeiro ministro José Sócrates é o único que se encontra preso preventivamente, indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais.
O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena, Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates, João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma, Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira são os outros arguidos no processo.
Armando Vara em prisão domiciliária
O antigo ministro da Administração Interna e Adjunto do Primeiro-Ministro nos Governos liderados por António Guterres está a ser investigado por suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.