Foi um dia de grandes emoções aquele em que, desafiada pela CARAS, Lídia Franco voltou a calçar umas sapatilhas para pisar o palco do Teatro Nacional de São Carlos. “Adorei aqui vir. É claro que os técnicos já não são os mesmos do meu tempo… Desde que entrei pela primeira vez aqui, ainda miúda, senti que era como se fosse a minha casa. É uma coisa quase misteriosa. Adorei estar naqueles bastidores. Aquele palco e aquela sala esplendorosa trouxeram-me imensas recordações”, revelou a atriz que, depois de ter convencido o pai a ter aulas de ballet quando tinha 11 anos, teve o privilégio de aprender os primeiros passos com a bailarina Maria Antónia Luna Andermatt, fundadora da Escola de Ballet do Teatro Nacional de São Carlos.
“Foi aqui que me estreei profissionalmente como bailarina. Lembro-me perfeitamente que na primeira frisa da esquerda estava sentado o Presidente da República, Américo Tomás. Nesse dia ainda não tinha noção de que a memória está dentro do nosso corpo e, imediatamente antes de pisar o palco, voltei-me para uma colega e disse-lhe que me tinha esquecido dos passos todos! Ela, assustada, relembrou-mos, mas claro que, assim que entrei em palco, soube logo quais eram”, recordou Lídia, que durante este encontro com a CARAS fez questão de ser fotografada numa das cinco posições básicas de ballet. “Tentei fazer uma quarta posição correta de pernas e braços. Uma posição aparentemente simples, mas que hoje em dia já não é assim muito fácil para eu fazer!”, riu-se a atriz, que se mantém bonita e jovial aos 71 anos.
Lídia Franco recorda a sua vida aos 20 anos
A atriz voltou a calçar umas sapatilhas para pisar o palco do Teatro Nacional de São Carlos.