O produtor francês Patrick Quinet anunciou esta terça-feira, dia 6, a morte da realizadora belga Chantal Akerman, de 65 anos, em Paris. Não foram adiantadas as causas da morte, mas a agência France Press refere que a cineasta “sofria de perturbações maníaco-depressivas” e vários meios de comunicação franceses avançam com a tese de suicídio.
Chantal Akerman deixa “uma obra incandescente, pioneira e nómada”, segundo o jornal Le Monde, da qual fazem parte os filmes A Cativa, Jeanne Dielman, 23, quai du commerce, 1080 Bruxelles e Os Encontros de Anna, entre muitos outros. O seu trabalho ficou marcado pelo experimentalismo, pelo cruzamento entre a ficção e o documentário, e por questões relacionadas com a memória, a condição feminina e a religião.
A obra da cineasta esteve em retrospetiva em 2012 na Cinemateca, no âmbito do DocLisboa, e este ano o festival estreará o seu mais recente filme, o documentário No Home Movie, que retrata uma mãe que sobreviveu ao Holocausto. No certame será ainda exibido I Don’t belong anywhere – Le cinéma de Chantal Akerman, um filme de Marianne Lambert sobre a realizadora belga.
Morreu a realizadora belga Chantal Akerman
Aos 65 anos.