Mais de dois anos após ter sofrido um acidente na neve que quase lhe custou a vida, Michael Schumacher, de 47 anos, continua a não mostrar grandes sinais de recuperação. Embora pouco se saiba sobre o seu verdadeiro estado, o ex-presidente da Ferrari e amigo do antigo campeão de Fórmula, Luca di Montezemolo, deixou escapar algumas palavras que mostram que a recuperação não está a correr como esperado. “Tenho-me informado, mas infelizmente as notícias que chegam não são boas”, disse à revista italiana Quattroruote. “Schumacher foi um grande piloto, partilhámos uma grande relação humana e profissional. Tive o prazer de ter filhos quase ao mesmo tempo do que ele. Mas a vida é estranha. É o piloto de maior sucesso da Ferrari e teve apenas um sério acidente na sua carreira, em 1999, e nem foi por culpa dele. Infelizmente, teve aquela queda quando esquiava”, disse ainda Montezemolo, sem adiantar mais pormenores sobre o estado de saúde do antigo piloto.
Recorde-se que, depois do acidente que remonta a dezembro de 2013, Michael Schumacher esteve em coma induzido para que lhe fossem retirados dois coágulos de sangue do cérebro. Permaneceu seis meses no hospital de Grenoble, França, e em junho de 2014 foi transferido para uma clínica especializada na Suíça, tendo a imprensa internacional adiantado que já não se encontrava em coma. No final desse mesmo ano, o ex-piloto recebeu alta e passou a ser acompanhado em casa, também em terras helvéticas, por uma equipa de 15 enfermeiros e fisioterapeutas, que custará cerca de 140 mil euros por semana. No passado mês de setembro surgiram notícias que davam conta do estado debilitado do campeão de Fórmula 1, que pesaria apenas 45 quilos, mas a sua mulher não quis comentar, adiantando apenas que o marido comunicava através do olhar.