Maria Elisa Domingues
Campiso Rocha
O direito a envelhecer com saúde e energia, tema do seu último livro, Confissões de uma Mulher Madura, levou Maria Elisa Domingues a partilhar o mesmo palco que Jane Fonda no debate A Idade É uma Escolha, promovido pela L’Oréal. Um “privilégio”, diz a jornalista e antiga diretora de programas da RTP, já que, além de ser uma grande admiradora da atriz americana, partilha a maioria das suas convicções em relação ao “terceiro ato da vida”.
“Tradicionalmente, a vida era uma curva: nascíamos, atingíamos o pico na idade adulta, pelos 30/40 anos, e depois era o declínio. A Jane Fonda apresenta a vida como uma escada sempre a subir, o que é bastante mais agradável. Pode, por vezes, não corresponder à verdade, sobretudo porque as pessoas mais velhas nem sempre são tratadas com a dignidade que mereceriam, mas a fórmula ideal é, sem dúvida nenhuma, essa. Eu também não penso na idade como um declínio, mas não concordo que envelhecer só tem coisas boas. Podemos é continuar a aproveitar da melhor maneira a nossa idade madura”, afirma Maria Elisa.
No seu caso, ajudou voltar a apaixonar-se perto dos 60 anos e sentir-se rejuvenescer sempre que está com Amélia, de sete anos, filha do seu único filho, Gil. “Passei pela primeira vez uma semana sozinha com a minha neta e adorei. Divertimo-nos imenso”, conta a jornalista, adiantando: “Agora vou estar fora de Portugal durante mais de um mês. É difícil de gerir, não é um mar de rosas. Quer as saudades do meu marido, quer, depois, do meu filho e da minha neta, são complicadas de gerir. É preciso encontrar um equilíbrio, o que nem sempre se consegue.”