Após sete anos a sofrer em silêncio, Lily Allen resolveu tornar pública a situação que tem vindo a atormentá-la. Visivelmente fragilizada, a cantora, de 30 anos, contou no programa Newsnight, da BBC, que foi perseguida durante sete anos por um homem, que, inclusivamente, invadiu a sua casa. Allen revelou que o primeiro contacto com Alex Gray remonta a 2008 e aconteceu através do Twitter, tendo este depois começado a rondar a sua casa e a deixar ameaças e notas de suicídio. Já em 2015, o homem entrou em casa da artista. “Estava na cama e comecei a ver o manípulo da porta a mexer e foi aí que ele entrou a gritar. Percebi que estava nervoso e aborrecido. Recuei até à minha cama e ele tirou o edredão e correu até ao outro lado da cama, continuando sempre a gritar, estava obcecado e agressivo. Vi que tinha algo debaixo da camisola”, recorda Lily Allen, antes de adiantar que estava um amigo em sua casa que a ajudou a chamar a polícia e a expulsar o intruso. Nessa mesma noite, as filhas da cantora –Ethel, de quatro anos, Marnie, de três – estavam a dormir no quarto ao lado, o que a deixou ainda mais assustada. Já depois do sucedido, percebeu que a sua carteira tinha desaparecido.
Os tempos que se seguiram foram difíceis, recorda, e apesar de saber que Alex Gray terá de responder em tribunal por roubo e assédio, a artista confessa que só se sentirá em segurança quando a sentença for tornada em pública, o que deverá acontecer já no mês de maio.
Contudo, Lily Allen garante que não guarda rancor ao agressor porque “sofre de uma doença mental”, mas culpa a sociedade e o sistema “porque falhou e não soube dar-lhe o acompanhamento necessário”. “Enquanto ele não receber o tratamento e a ajuda que precisa, não estarei a salvo. Podem prendê-lo, mas um dia ele sairá. A vítima nunca está livre de perigo”, conclui sem conter as lágrimas.
Lily Allen em lágrimas na televisão
A cantora contou o tormento que foi perseguida durante sete anos por um homem.