O escultor lisboeta Rui Chafes, nascido em 1966, agradeceu a sua distinção com o Prémio Pessoa 2015 – uma iniciativa do jornal Expresso e da Caixa Geral de Depósitos –, declarando-se “muito feliz, extremamente honrado e até emocionado”.
Devido a uma gripe, Francisco Pinto Balsemão, presidente do júri, não pôde estar presente, delegando no filho Francisco Pedro, o novo presidente executivo do grupo Impresa, a leitura do seu discurso, no qual explicou: “É a primeira vez que a escultura é contemplada com o Prémio Pessoa e já não era sem tempo. Rui Chafes foi e é uma excelente escolha, pela obra, claro, mas também por ser a pessoa que é, por ser como é. (…) Rui Chafes é singular, como singular é a sua obra. Singular e intemporal. Nada nele é definitivo. (…) As suas esculturas estão sempre abertas a todas as interpretações. Só o olhar do observador as pode completar.”
Também o Presidente da República elogiou o talento e a visão do premiado. “A atribuição do Prémio Pessoa a Rui Chafes é um sinal, por um lado, de reconhecimento, por outro, de exemplo de exigência. Reconhecimento pelo percurso e pela sua absoluta singularidade enquanto artista. Exigência, porque o qualificadíssimo júri decidiu premiar um universo lento, denso, pensado, coerente, em tudo contrário à ideia de espetáculo”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
Escultor Rui Chafes recebe prémio pessoa das mãos do Presidente da República
“O júri decidiu premiar um universo lento, denso, pensado, coerente.” (Marcelo Rebelo de Sousa)