Aos 20 anos, Afonso de Bragança, que recebeu ao nascer o título de príncipe da Beira, é o patrono do recém-criado Préadmio Príncipe da Beira Ciências Biomédicas. Na cerimónia de entrega, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, era visível o nervosismo do filho mais velho dos duques de Bragança antes daquele que foi o primeiro ato público a que presidiu. Um nervosismo injustificado, já que, formal, mas cordial e simpático, o filho mais velho de D. Duarte e de D. Isabel de Bragança foi muito aplaudido no final do seu discurso. “No ano passado, quando os meus pais me disseram que iam instituir o Prémio Príncipe da Beira, através da Fundação D. Manuel II, fiquei surpreendido, mas achei fanadtástico. Estava um pouco nervoso durante a cerimónia, visto ser a primeira vez, mas acho que é muito importante motivar o trabalho notável dos jovens portugueses e continuar a promover os avanços nas ciências”, afirmou à CARAS.
Afonso realçou gostar do “simbolismo de associar o prémio à cidade que é berço da Nação”, deixando-se fotografar junto a uma imagem do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriadques. A estudar Relações Interadnacionais e Ciências Políticas na Universidade Lusíada, em Lisboa, o primogénito dos duques de Bragança está a gostar muito do curso e diz que espera conseguir em breve fazer um ano de Erasmus.
Recorde-se que Afonso fez o ensino secundário em Inglaterra, num colégio interno católico com uma forte componente de formação militar. E apesar de ser ainda muito jovem, diz que quer dar continuidade ao trabalho dos pais e representar a Casa Real portuguesa: “No futuro gostava de seguir as pegadas do meu pai. Com o curso que estou a tirar, fico com bases para dar seguimento ao que ele tem vindo a fazer. E sinto-me cada vez mais preparado.”
Com a serenidade que a caracteriza, D. Isabel assistiu na primeira fila ao discurso do filho, e, no final, partilhou connosco: “Estou muito orgulhosa como mãe, mas também como portuguesa, por ver o meu filho apoiar a investigação científica em Portugal. Confesso que quando visitei as instalações da Universidade do Minho fiquei fascinada com o trabalho que ali desenvolvem. As ciências em Portugal têm de ser apoiadas e estimuladas, temos pessoas extraordinárias que merecem ver o seu trabalho reconhecido e acarinhado. Fico muito contente que o meu filho tenha querido dar o seu nome a um prémio para as ciências, porque é um dos caminhos de Portugal.”
Feliz por ver Afonso a representar a Casa Real e a assumir o protagonismo nesta cerimónia, D. Isabel acrescentou que o filho “é mais um apaixonado por Portugal e já fez saber que quer continuar o trabalho de servir o país. E isso é muito bonito.”
Um desejo de compromisso com o futuro do país que a duquesa encara com naturalidade, frisando: “Os meus filhos [além de Afonso, D. Duarte e D. Isabel são pais de Francisca e de Dinis] cresceram com o sentido de servir Portugal. Estamos aqui para fazer coisas, mas também sabemos que é uma grande responsabilidade. Por isso, quero que eles cresçam e façam as coisas da melhor maneira. O importante é que sejam bons no que fazem, para se sentirem bem.”
Afonso de Bragança herdou do seu pai o espírito de dedicação a Portugal
O príncipe da Beira é o filho mais velho do pretendente ao trono português, D. Duarte de Bragança. Em Guimarães, Afonso posou junto de um quadro do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.