
CARAS
A última audiência do processo de violência doméstica, que opõe Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho, ficou marcada por alguma tensão. Durante a manhã do passado dia 16, Paulo Sá e Cunha tentou perceber, entre outras coisas, por que é que a apresentadora nunca foi ao hospital depois dos alegados episódios de violência. “Essas agressões de dia 14 [de outubro de 2013, véspera da viagem de Carrilho para Paris] eram a sua sorte grande! Tinha ali a prova cabal. Porque é que não foi ao Instituto de Medicina Legal ou ao hospital?”, questionou o advogado de defesa. “Tinha vergonha e fazia tudo o que pudesse para evitar que isto se tornasse público. E achava mais importante sobreviver ao que me acontecia. Achei que o mais importante era garantir que ele não voltasse a casa”, admitiu Bárbara Guimarães. Contudo, há fotografias das alegadas marcas físicas que a apresentadora teria que esconder após cada agressão, anexadas ao processo e que os seus advogados esperam que sejam vistas como provas. A questão é que nenhuma delas mostra a cara da pessoa fotografada. “Foi a minha irmã que se lembrou de me tirar as fotografias. Mas não estava sequer à espera de ter que as usar. Na altura não sabia que tinham que ter rosto. Hoje já sei”, explicou a apresentadora.
Bárbara Guimarães explicou ainda em tribunal como contou ao filho mais velho, Dinis Maria, que se ia separar do pai. “Quando o meu ex-marido foi para Paris e troquei a fechadura de nossa casa, disse ao Dinis que o pai ia ficar mais uns dias por lá. Depois dessa data, ele não voltou a pedir para falar com o pai ao telefone e eu acabei por lhe explicar que nos íamos separar”, começou por dizer. “Ele não demonstrou surpresa. Estava à espera de mais perguntas ou alguma revolta, mas senti-o tranquilo”. Tanto assim foi que a apresentadora garante que foi o filho que a ajudou a explicar a situação à irmã, Carlota. “Foi ele que me ajudou. Disse à irmã: ‘Carlota, temos uma coisa para te dizer. O pai e a mãe vão-se separar’. Ela era miúda, não reagiu, só perguntou se podia ir brincar”.