Nove meses após a morte da fotógrafa de causas humanitárias franco-marroquina Leila Alaoui, de 33 anos, na sequência dos ataques terroristas de 15 de janeiro em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, foi inaugurada no Museu da Presidência da República, no Palácio da Cidadela de Cascais, uma exposição de fotos suas, intitulada Courage.
Realizada no âmbito da iniciativa Baile da Riviera, organizado pelo príncipe Charles-Philippe d’Orléans, a mostra reuniu dezenas de personalidades num final de tarde em que não se ignorou o drama da migração no Mediterrâneo. “Esta é uma forma de homenagear a Leila, que foi vítima da sua arte. Não foi nada fácil conseguir que esta exposição fosse feita, já que a família da artista quer preservar a sua memória e imagem, mas conseguimos convencê-los. Vieram cá, ficaram a perceber como tudo se ia processar e ficaram muito contentes com a exposição e a qualidade que o nosso país ofereceu à mesma”, referiu o duque d’Anjou, que foi anfitrião de dezenas de convidados vindos dos quatro cantos do mundo.
Diana de Cadaval, mulher de Charles-Philippe, também esteve atenta a todos os pormenores e confessou estar muito satisfeita com este projeto: “Acho que foi uma bonita forma de iniciarmos este fim de semana do Baile da Riviera e de prestarmos uma homenagem a Marrocos, país de onde a artista é proveniente. Acho que o trabalho de Leila tem muita força e mostra uma realidade de que muitas vezes nos esquecemos. É uma exposição muito atual.”
Miguel Horta e Costa, que tinha a seu lado a mulher, Diana Polignac de Barros, fez questão de deixar a sua opinião sobre esta exposição: “Acho extraordinário como uma pessoa com este dom da fotografia consegue retirar das expressões das pessoas um profundo impacto social. Apesar do pouco tempo que viveu, o trabalho de Leila marcou-nos a todos.”
Charles-Philippe d’Orléans reúne fotos de artista morta em atentado
Os retratos de Leila Alaoui estão expostos no Palácio Cidadela de Cascais.