No passado dia 8, a poucas horas de se conhecerem os resultados das eleições norte-americanas, Alberta Marques Fernandes chegou, como todos os dias, às 9h00 às instalações da RTP para ser maquilhada e entrar em direto a partir do meio-dia, conduzindo os blocos informativos da RTP3 durante mais de três horas. Conduziu alguns diretos e entrevistou, em estúdio, Filipe Vasconcelos Romão, doutorado em Relações Internacionais, a propósito das sondagens presidenciais americanas. Com o nariz entupido devido a uma constipação, conta, Alberta foi dando as notícias com alguma dificuldade e, no final, já revelava algum cansaço. Logo nesse dia começou a circular um vídeo nas redes sociais com pequenos trechos em que esse cansaço era mais evidente, e que levou muitas pessoas a pensar que a jornalista teria bebido demais à hora de almoço. “O meu almoço é, por sistema, uma sopa que como à frente da secretária por falta de tempo para ir à cantina entre dois jornais. As imagens dizem respeito a momentos captados depois de mais de duas horas e um quarto de telejornais! Basta fazerem um rewind no programa daquele dia para terem noção do que realmente se passou”, afirmou Alberta Marques Fernandes após alguma insistência da CARAS sobre o assunto. A jornalista não vê necessidade de se justificar, uma vez que o apoio dos colegas lhe bastava e esse não tem faltado, tanto a nível pessoal como através de mensagens públicas. “O que mais me custou foi ter tido conhecimento do vídeo através da minha filha, que o viu na manhã seguinte e ficou com receio do que os colegas da escola poderiam pensar ou dizer”, revela Alberta, referindo-se a Luísa, de 16 anos, por quem decidiu abrir uma exceção e falar deste assunto. “Custou-me muito vê-la sofrer”, diz a pivot, que acabou por ser surpreendida com a capacidade da filha para lidar com este bullying público, expressão utilizada pelo jornalista António Esteves para descrever a situação. “Trabalho num open space rodeada de colegas e tenho coordenadores e diretores que nunca me deixariam entrar no ar se estivesse mal ou alterada”, lembra a jornalista, concluindo: “Estava com uma enorme constipação, sem grande capacidade para respirar e, no fim do programa, dei as notícias de forma mais arrastada e anasalada. Quando estás num dia pior, tudo é ampliado…”.
Alberta Marques Fernandes: “Nunca me deixariam ir para o ar se estivesse mal”
A ‘pivot’ da RTP3 foi confrontada com trechos de um vídeo, que entretanto se tornou viral, em que revelava cansaço acumulado e voz anasalada fruto de uma constipação. Com 25 anos de carreira, Alberta não deixa de ficar sentida ao perceber que algumas pessoas acharam que tinha bebido demais ao almoço.
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