Pedimos um táxi no Soho. Direção: 7.ª Avenida com a Rua 58, a dois passos do Central Park. Damos música ao trajeto. Mack The Knife é a banda sonora que Mia Rose, de 29 anos, escolhe para esta viagem e, ao mesmo tempo que conversamos, vai acompanhando o tom de Bobby Darin. À medida que nos aproximamos do destino, a cantora, que viajou para Nova Iorque a convite da Tresemmé e é uma das caras do canal daquela marca, Love the Hair, vai ficando com lágrimas nos olhos. É muita emoção. Estamos a caminho da casa onde viveu há uma década. E voltar ao sítio onde foi tão feliz deixa-a sem palavras. Enquanto procuramos o prédio, Mia Rose – Maria Antónia Teixeira Rosa é o nome com que foi batizada – recorda como foi ali que teve início um sonho no mundo da música, depois de, por brincadeira, ter colocado no Youtube uns vídeos seus a fazer karaoke que tiveram sucesso imediato, levando-a a ser convidada por duas produtoras de música multinacionais, uma delas a Universal, com a qual acabaria por assinar um contrato de sete meses. Tempo suficente para Mia, ilha de pai inglês e mãe portuguesa, saber que ia interromper o curso de jornalismo, que a música era a sua vida e que lidava mal com as saudades da família. E é quando falamos em saudades que nos transportamos para a atualidade, porque nestes cinco dias de agitação na Big Apple, onde assistiu, pela primeira vez, a alguns desfiles da semana da moda, Mia Rose verbalizou a falta que sentiu do namorado, Miguel Cristovinho, dos D.A.M.A, de quem está noiva.
Sobre o casamento, a cantora pouco adianta, porque nem ela sabe muitos pormenores, mas confessa, emocionada, que tem pena que a avó materna já não esteja para a ver subir ao altar. Nesta altura, já estamos a caminho do aeroporto JF Kennedy para regressar a Portugal e a gravação ultrapassa em largos minutos o que aqui pode ser descrito. Vamos, então, recuperar excertos da conversa.
– Esta viagem tem sido preenchida de emoções…
Mia Rose – Se tem! E esse é o meu lado português [risos]! Vivo tudo com emoção…
– Ficou bem visível quando chegámos à porta da casa onde viveu há dez anos…
– Foi inacreditável! Como deu para ver, até chorei. Esta vinda fez-me reviver toda a experiência que tive aqui. Foi nesta cidade que começou o maior sonho da minha vida. Até hoje, nunca voltei a sentir isso. Era tão nova, tão ingénua, que foi uma sensação que guardo com muita ternura.
– Tinha 19 anos. Pode ter sido muito gratificante, mas também deve ter sido muito duro…
– Foi duro, sim, mas mais em termos emocionais. Porque eu estava a trabalhar com tanta veracidade e paixão que o lado negativo de tudo passava-me ao lado. Depois, todos os dias eram preenchidos com gravações. Só quando a crise económica de 2007 atingiu os Estados Unidos, e as produtoras musicais também foram afetadas, é que o meu projeto ficou em pausa.
– Foi um sonho que ficou meio interrompido?
– Os meus vídeos estavam a bater o milhão de visualizações num mês e eu decidi que não ia deixar os meus fãs à espera e resolvi regressar a Portugal. Confiei no meu instinto e hoje aqui estou, dez anos depois, a fazer aquilo de que gosto, prestes a lançar o meu primeiro álbum e a acreditar que com dedicação ainda vou conseguir uma carreira internacional.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1127 da revista CARAS.
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Mia Rose regressa a Nova Iorque: “Foi nesta cidade que começou o maior sonho da minha vida”
A CARAS acompanhou a cantora nesta viagem emotiva.
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