Uma noite de muitos aplausos e cheia de emoções é aquela que nos espera no próximo dia 21 de maio, no Coliseu dos Recreios, data em que os vencedores dos Globos de Ouro vão subir ao palco. A contagem decrescente começou com a apresentação da Academia Globos de Ouro, composta por cinco profissionais de cada categoria a concurso (Cinema, Desporto, Moda, Música e Teatro), que se reuniu no Beco – Cabaret Gourmet de José Avillez, em Lisboa, para receber a informação que serve de base à eleição dos nomeados para os prémios da CARAS e da SIC.
Coube a João Manzarra, o anfitrião da XXII Gala dos Globos de Ouro, dar as boas-vindas aos elementos da Academia, alguns deles representados por terceiros. A cada elemento foi entregue um envelope com uma pen que continha a informação necessária para efetuarem as sugestões. Uma tarefa nada fácil para alguns. “Faz-se cada vez mais teatro, há mais público e eu estou muito a par do que se vai fazendo, mas há atores que são sempre bons, que fazem sempre bem porque não sabem fazer mal e é quase impossível não os nomear. Há anos em que há nomes incontornáveis, há outros anos em que é difícil fazer essa seleção”, revelou Isabel Villares que integra desde 2005 o painel do júri para a área do teatro. Helena Simões acrescenta que “um prémio é um incentivo, claro, mas as nomeações só por si já são um reconhecimento.”
Lenine Cunha, o atleta paralímpico mais medalhado do mundo, concorda. “Ao longo dos anos têm aparecido muito bons atletas que merecem ser destacados, como os que participam nos Jogos Olímpicos, que é o patamar mais alto na carreira de um desportista”, diz, sem esconder o orgulho de ter sido convidado para fazer parte da Academia Globos de Ouro na secção de desporto. O presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, já não é novo nestas andanças e sublinhou o facto de esta ser “uma iniciativa de prestígio a que naturalmente o Comité Olímpico se associa com satisfação.”
Tozé Brito, a quem cabe, juntamente com mais quatro elementos, nomear o que de melhor se faz na música portuguesa, defende que é uma honra fazer parte desta Academia: “É uma responsabilidade, mas também um prazer. Não há nenhum prémio no nosso país que tenha o estatuto dos Globos de Ouro, são os nossos Óscares.”
José Vieira Mendes também destacou a importância desta cerimónia: “Adoro cerimónias de entregas de prémios, gosto do glamour, de ver as passadeiras vermelhas, e acho que são sempre um bom espetáculo de televisão e a SIC não vai gorar as expectativas.” Sobre a participação nesta Academia, o jornalista afirmou: “Para mim é sobretudo uma honra avaliar filmes portugueses. Sou um grande fã de cinema português, mas acho que o público não trata assim tão bem os nossos filmes. É preciso irem lá fora, ganharem prémios, para as pessoas irem vê-los. Mas acreditem, há bons filmes, bons realizadores e os atores portugueses são os melhores do mundo.”
Depois da apresentação, Júlia Pinheiro, diretora Executiva de Conteúdos da SIC, mostrava-se satisfeita e garantia que a Gala vai ser um bom espetáculo: “Este ano foi feito um refresh a vários níveis. Os Globos estão alinhados com os 25 anos da SIC, temos o João Manzarra como novo apresentador e convidámos pessoas novas que têm relevância nas várias áreas que premiamos para fazerem parte da Academia, por isso, estamos claramente num novo ciclo e vai correr tudo pelo melhor.”
Academia Globos de Ouro: Está dado o primeiro passo para a noite de prémios
Os profissionais que sugerem os candidatos aos prémios da CARAS e da SIC reuniram-se no Beco - Cabaret Gourmet.