Criar a estatueta que é entregue aos vencedores dos Globos de Ouro é, sem dúvida, um dos marcos na carreira de Maria João Bahia. Passados mais de 20 anos, é com orgulho e o sentimento de missão cumprida que a criadora de joias continua a olhar para os ‘seus’ Globos de Ouro, ficando emocionada sempre que alguém sobe ao palco e recebe o galardão, no qual pôs toda a sua criatividade e talento.
Poder-se-ia pensar que para alguém tão bem sucedido e que já conta com mais de 30 anos de profissão, pouco ou nada resta fazer. Mas bastam cinco minutos de conversa com Maria João para perceber que ainda há muitos projetos por realizar e que é agora, que já tem os três filhos criados, que começa a dar asas aos seus maiores sonhos.
Tendo como ponto de partida a estatueta mais desejada do país, a criadora conversou com a CARAS e revelou aquele que é o seu lema de vida: fazer cada vez mais e melhor.
– Qual é a sensação de ver as maiores personalidades nacionais levarem os ‘seus’ Globos de Ouro para casa?
Maria João Bahia – Sinto uma honra enorme. É um privilégio ter sido escolhida para fazer este trabalho. Recebo várias mensagens dos galardoados a dizerem-me onde puseram o Globo que criei. E isso deixa-me feliz, porque este galardão acaba por ser um marco nas suas vidas.
– Criar um troféu ou uma joia são processos diferentes?
– São diferentes do ponto de vista da execução. Um troféu é algo que a pessoa tem de merecer e isso não acontece com uma joia, que se pode simplesmente adquirir. Contudo, as joias também acabam por ter uma carga emocional associada, porque são desejadas. E isso dá-lhes um significado. Um anel de noivado marca um momento da nossa vida, por exemplo. E há joias que nos fazem sentir especiais, tal como um troféu.
– Criou o Globo há mais de 20 anos. Qual é o segredo para fazer uma peça intemporal?
– Procuro que as minhas peças não obedeçam a modas. As minhas joias podem ser usadas em diversas ocasiões, porque são transversais. As pessoas já não usam joias apenas nos momentos especiais. Quando olhamos para um troféu, ou mesmo para uma joia, sentimos algo e, de alguma maneira, projetamos esses sentimentos para o objeto. E é essa história, essa vida, que torna as peças intemporais. É aquilo a que chamamos a ‘alma’ das coisas, algo que não passa de moda. É por esse mesmo motivo que defendo que não se deve fazer grandes alterações na fisionomia de um galardão. O Globo de Ouro já sofreu algumas mudanças, ficou maior, por exemplo, mas a sua essência continua a mesma. Os galardões são referências que constroem memórias e não se deve mexer nesse legado.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1133 da revista CARAS.
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Vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha a entrevista:
Maria João Bahia assegura: “Chegou o momento de realizar os meus sonhos”
Com mais de 30 anos de carreira, a criadora do Globo de Ouro continua apaixonada por aquilo que faz.