A vida de Gracinha Viterbo, de 39 anos, é repleta de cor, amor, alguma irreverência e muita imaginação. E isso vê-se em cada recanto do seu espaço Cabinet of Curiosities, no Estoril, e percebe-se em cada palavra sua sobre a sua família, em especial sobre o marido, Miguel Vieira da Rocha, e os quatro filhos, Santiago, de 12 anos, Guilherme, de dez, Benjamim, de nove e Alice, de sete.
Regressada de Singapura onde viveu durante três anos por motivos profissionais, a designer de interiores decidiu que estava na altura de abraçar um novo desafio e viver outra fase profissional, sem, obviamente, deixar de parte as suas raízes na decoração.
– Este espaço é muito diferente do antigo atelier…
Gracinha Viterbo – É verdade… No meu regresso de Singapura apetecia-me inaugurar um capítulo na minha vida e, juntamente com o Miguel, decidimos criar este espaço. Aqui estou mais próxima do público e mostro um pouco do meu mundo através de peças que já tinha em armazém, oriundas das diversas viagens que faço e outras novas. Eu própria sempre tive dificuldade em encontrar um espaço que tivesse as peças que eu procurava e este é esse espaço.
– Como surgiu esta ideia?
– Era uma ideia antiga. Durante muito tempo, este espaço foi o meu escritório. É uma das casas mais antigas do Estoril, muito compartimentada, e eu adoro a ideia e o conceito do Cabinet of Curiosities dos séculos XVIII e XIX, em que viajar era um luxo e as curiosidades que se traziam eram expostas num armário para as pessoas verem que se era uma pessoa com cultura geral alargada. Para mim, esta é uma ideia poética, que depois ficou ligada aos antiquários e eu quis reproduzir isso aqui, mas em grande formato, com várias salas onde se encontram objetos diferentes para levar para casa, numa altura em que há uma certa massificação do design.
– Como é que uma mulher com ‘tantos braços’ consegue equilibrar o lado profissional com o pessoal?
– Sou imperfeita, como todas as mulheres, mas tenho a mesma força que todas têm. Gosto muito deste movimento de empowerment da mulher e acredito que todas nós tornamos as coisas possíveis, mas claro que também há dias difíceis. Com organização e com ajuda, claro, tudo se faz. Depois, tenho um marido com quem trabalho e que me ajuda muito, é um grande companheiro, e os meus filhos já estão com uma idade que me permite abraçar outros projetos. A família é a minha base, mas o trabalho é a minha paixão e é esse equilíbrio que me faz bem.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1133 da revista CARAS.
Assinatura Digital
Apple Store
Google Play
Vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha a entrevista:
Gracinha Viterbo: “A família é a minha base, mas o trabalho é a minha paixão”
De volta a Portugal depois de três anos em Singapura, a designer de interiores abriu um espaço no Estoril. Feliz com o regresso, Gracinha tem contado com o apoio do marido, Miguel Vieira da Rocha, com quem trabalha e dos quatro filhos de ambos, Santiago, Guilherme, Benjamim e Alice.