Robert De Niro foi homenageado esta segunda-feira, dia 8, com o Prémio Chaplin, em Nova Iorque, Estados Unidos, e aproveitou o discurso de agradecimento para falar das políticas de Donald Trump. O Governo do presidente norte-americano anunciou recentemente um corte substancial no financiamento às artes e humanidades, que afetará negativamente a comunidade artística e certos meios de comunicação públicos do país. “Estes cortes propostos no orçamento, entre outros, a programas que salvam e melhoram vidas, eliminam a Subvenção Nacional para as Artes, a Subvenção Nacional para as Humanidades e a Corporação de Difusão Pública [Corporation for Public Broadcasting]. Devido aos seus próprios motivos sectários, esta administração sugere que o dinheiro para estes programas abrangentes serve apenas as elites ricas e liberais”, começou por dizer o ator, de 73 anos, esclarecendo que as produções cinematográficas são feitas a pensar em todos e não apenas em determinados grupos. “Eles dizem que estas decisões têm de ser tomadas e que os cortes são uma consequência. Eu digo que a postura [de Trump] é uma porcaria. Demonstra apenas a hostilidade do Governo perante a arte”, continuou.
Uma vez que recebeu um prémio com o nome de Charlie Chaplin, De Niro aproveitou para lembrar que também aquele que é considerado um dos génios do século XX nasceu no Reino Unido e que hoje talvez não tivesse entrada nos Estados Unidos, devido às políticas anti-imigração. “Chaplin era um imigrante e certamente não teria passado no controlo [de fronteiras] apertado que temos hoje. Espero que não estejamos a manter o próximo Chaplin fora do país”, salientou ainda.
Robert De Niro ataca políticas de Donald Trump
O ator aproveitou o discurso de receção de um prémio para criticar os cortes governamentais na área das artes.
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