Há muito que Fernando Tordo, influenciado por Manuel Pinto Ribeiro, se apaixonou por uma forma específica de poesia japonesa conhecida por haiku. Tal como todas as paixões que se fazem grandes, esta também não se limita, por isso, os dois amigos quiseram imortalizá-la em livro. Os Dois Lados da Montanha representa essa vontade e foi apresentado no passado dia 19, no Museu do Oriente, em Lisboa. “Esta minha adesão ao haiku é uma armadilha deliciosa, porque não se consegue sair dela. E nada disto pode ser levado a brincar. O haiku admite humor, mas não pode ser uma brincadeira, porque é muito complexo”, explicou o músico, que veio propositadamente do Brasil, onde vive desde 2014, a Portugal para lançar o livro. Embora se vá dividindo entre cá e lá, Fernando Tordo confessa que as saudades do seu país são sempre muitas, até porque os filhos e os netos se mantêm em Portugal. “O facto de estar fora, de estar longe, pesa muito. Hei de voltar, pois claro, é cá que tenho os meus, mas ainda não sei quando. Há países onde os artistas, sobretudo quando passam determinada idade, não são bem tratados. E Portugal é um exemplo disso mesmo. Não há respeito. No Brasil tenho as minhas coisas e tenho o essencial, o que me prende àquele país, que é a música”, reconheceu, sublinhando que o faz sem mágoa.
Fernando Tordo lança livro inspirado na poesia japonesa
O músico teve o apoio da mulher, Eugénia Passada, ao longo de todo o processo criativo do livro. “Hoje é um dia muito especial. O Fernando, quando se apaixona por uma matéria, é a sério”, disse Eugénia.
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