Na altura em que decidiu apresentar o seu primeiro livro de contos, intitulado Alexandria, Jorge Barreto Xavier estava longe de adivinhar que o evento coincidiria com o luto nacional de três dias decretado pelo Presidente da República na sequência dos incêndios em Pedrógão Grande. Assim, o antigo secretário de Estado da Cultura fez questão de sublinhar, logo que chegou ao Grémio Literário, que aquele não era um dia de festa: “Hoje estou a viver um momento feliz num outro infeliz, já que coincide com a terrível situação que estamos a viver. Por isso, procurei que esta apresentação não fosse uma festa e sim algo mais sóbrio.”
Quanto à sua obra, contou que já tinha algum tempo a sua vontade de enveredar por este género literário. “Já escrevi vários livros, mas este é o primeiro de contos. Queria fazê-lo há algum tempo, mas por várias razões – falta de tempo, disponibilidade mental… – acabei por não o fazer. E agora reuniram-se todas as condições e estou muito contente.” E explicou que procura escrever sem sacrificar o tempo que dedica à mulher e aos filhos: “Escrevo muito em aviões, em viagens, e tento fazê-lo em horas que não penalizem a família.” O que a mulher, Monika Blum, confirmou: “Deixo-o sempre no seu ninho de criatividade. Ele escreve muito à noite, entre as duas e as cinco da manhã, por isso não sacrifica o nosso tempo em família. Ele é muito cuidadoso com isso e dá muita atenção à família.”
A obra foi apresentada por António Mega Ferreira, Pílar del Rio e Pedro Mexia.
Jorge Barreto Xavier apresenta livro de contos perante familiares e amigos
A obra foi apresentada por António Mega Ferreira, Pílar del Rio e Pedro Mexia.