Gérard Depardieu fez acusações graves numa entrevista recente para o The Daily Beast. Voltando ao passado e a um dos momentos mais traumáticos da sua vida, a morte do seu filho Guillaume, o ator, de 68 anos, afirma: “Penso que a justiça americana funciona melhor que a justiça francesa. Foram eles que mataram o meu filho, por dois gramas de heroína. Era uma juíza que queria dar cabo dos Depardieu, na verdade quis-me afundar utilizando o meu filho. Se pudesse tinha posto as algemas em mim”.
O veterano ator refere-se ao facto do seu filho ter sido detido e condenado a três anos de prisão, em 1988, com apenas 17 anos, por consumo e tráfico de heroína. A vida de Guillaume nunca mais foi a mesma e o crime esteve sempre presente. Em 2003, foi novamente condenado por uso de arma de fogo depois de uma rixa com um fã e cinco anos depois por condução sob efeito de álcool. E foi precisamente nesse ano que, aos 37 anos, morreu vítima de uma pneumonia fulminante, agravada por uma infeção contraída depois de um grave acidente de mota, em 1995.
“Sobrevivi a tudo isso. E por ter conseguido ultrapassar, considero que tenho direito de dizer o que me apetece, mesmo que nem sempre esteja a ser correto. Sou livre, mas não sou violento. Respeito as pessoas, mesmo quando estou zangado com elas. Não é o facto de estar zangado que me dá vontade de matar as pessoas”, conclui o ator, que se tem refugiado no álcool, o que já lhe valeu alguns desacatos. “Quando me aborreço, bebo. Posso beber 12, 13, 14 garrafas por dia”, disse numa entrevista à revista So Film, em 2014.
Gérard Depardieu responsabiliza justiça francesa pela morte do seu filho
Guillaume morreu em 2008.