
João Lima
Muitos pais afirmam que os filhos são a sua maior fonte de inspiração e, no caso de Maria de Vasconcelos, de 46 anos, Mathilde, de 13, e Manon, de 11, não só a tornaram uma pessoa mais criativa como a levaram a apostar numa carreira artística. Quando as filhas eram pequenas, a médica psiquiatra começou a criar canções para lhes ensinar, de forma divertida, o nome dos planetas e o funcionamento do corpo humano. O que poderia ser apenas uma ocupação caseira saiu fora de portas e tornou-se um projeto profissional. Ao lado das filhas e do marido, o francês Xavier Colette, de 46 anos, a psiquiatra e artista tem levado As Canções da Maria a muitos palcos do país, mostrando a pequenos e graúdos que se podem aprender matérias escolares de forma divertida.
O seu mais recente projeto é o CD e DVD As Canções da Maria – Especial História de Portugal. Numa verdadeira viagem pelo tempo, pais e filhas assumem a preceito os papéis de muitas personalidades históricas, cantando os seus feitos e conquistas.
Do passado para o presente, Maria e a família mostraram que já vivem em pleno a época natalícia e revelaram os afetos e valores que têm pautado esta aventura a quatro.
– A Maria é uma médica artista ou uma artista que também é médica?
Maria de Vasconcelos – A ordem é indiferente. Do ponto de vista da formação, seria sempre primeiro médica, porque nunca deixei de ser psiquiatra. Contudo, as expressões artísticas também sempre fizeram parte da minha vida. Do que preciso mesmo para me sentir completa é de ter saúde e a minha família sempre ao pé de mim. Sem o meu marido e as minhas filhas tudo seria diferente.
– O seu marido e as suas filhas fazem parte do projeto As Canções da Maria. Tem sido fácil trabalhar em família? Ou, por vezes, pode ser um grande desafio?
– É muito bom. É tudo bastante intenso e exige muito de nós. Mas, como é feito em família, até parece que não dá trabalho! Divertimo-nos imenso. As minhas filhas dão-me muitas dicas e são uma fonte de inspiração preciosa, até porque são elas que trazem as matérias da escola que são o objeto primordial deste trabalho. Neste projeto sobre a História de Portugal elas adoraram vestir os fatos de época e assumir as personagens.
– E, sendo um projeto a quatro, nem precisa de se dividir entre o trabalho e a família.
– Exatamente! Isso é o melhor de tudo. Se fizesse isto sozinha, não teria metade da graça.
– As suas filhas já não são crianças pequenas. Tem medo que elas comecem a perder o interesse neste projeto familiar?
– Não vivo no futuro. A vida é aqui e agora e neste momento está tudo a correr bem. Costumo dizer que sou a rainha do otimismo. Não é fácil viver o aqui e agora, mas, com esforço, conseguimos. E o Xavier ajuda-me imenso a ter esta atitude.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1165 da revista CARAS.
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Vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha a entrevista: