Um arquiteto, uma jornalista, três crianças – Bernardo, de 12 anos, filho dele, Maria do Mar, de 12 anos, filha dela, e Alice, de quatro, filha de ambos – e um monte alentejano transformado em local mágico onde se trocam experiências, risos, cumplicidades e se partilham histórias. Apresentados os protagonistas e o cenário, é hora de dar a conhecer melhor a história vivida por Bárbara Alves da Costa e Pedro Gil Ramos na Terra do Sempre, um turismo rural que desenvolveram em Grândola inspirado em contos infantis com o intuito de deixar boas memórias a quem por lá passa. Independentemente do número de capítulos que possa preencher esta história, o objetivo da obra é terminar com um “e foram felizes para sempre”.
– Qual é o vosso lema de vida?
Bárbara Alves da Costa – Ter tempo. E viajar. E mostrar aos miúdos que se pode viver de outra maneira sem estar presos àquilo que é suposto sermos.
– Os dois partilham a mesma filosofia?
– Somos iguais, caso contrário, isto seria impossível. Era uma casa de malucos.
Pedro – Isto é uma casa de malucos!
– Uma maluqueira mais ou menos organizada?
Bárbara – Temos os pés no chão e a cabeça no ar. Esse ponto de equilíbrio não é fácil e demorámos um bocadinho a chegar aqui. Um diz mata e o outro diz esfola. Eu digo vamos e ele já está a fazer as malas. Sou jornalista, trabalhei na SIC durante 17 anos, o Pedro é arquiteto, e passávamos a vida sempre a correr. Gostamos de fazer desporto, de ter sempre a casa cheia, de fazer mil e uma coisas.
– Isso será uma hiperatividade não diagnosticada?
– Exato, mas saudável. Acho que aqui no Alentejo aprendemos a viver com mais calma, e neste momento valorizamos muito o facto de termos mais tempo e de não estarmos presos a horários. Ao trocarmos a nossa vida em Lisboa pelo Alentejo, atirámo-nos um bocadinho sem rede e, se corresse mal, logo se via. E é assim que vivemos. Não sabemos muito bem se vai resultar, mas tentamos.
– Qual dos dois tinha ligação a esta zona?
– Nenhum.
Pedro – Eu sempre fiz férias em Melides, mas era a única ligação que tinha. O nosso objetivo era encontrar um espaço que estivesse perto do mar e de Lisboa. Todos os fins de semana trazíamos os miúdos para esta zona e um dia ficámos com o carro atolado aqui. O monte estava à venda e acabámos por comprá-lo no dia 1 de abril, em 2011.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1164 da revista CARAS.
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Vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha a entrevista: