Luciana Abreu continua no hospital após o nascimento prematuro das duas filhas gémeas, que se encontram na incubadora.
No Instagram, escreveu um longo texto no Dia de Natal e partilhou a fotografia das suas mãos, sobre as quais se encontra a do marido, Daniel Souza. “Vou confessar-vos e sinto que o deva fazer, o silêncio da Noite de Natal, nos corredores deste emblemático Salva Vidas, cheio de excelentes e grandiosos profissionais, aqueceram a minha alma, nesta noite que para mim já havia sido tão fria, em tempos, mas que nunca havia sido tão gélida e interminável. Nenhum dos “poucos“ choros de bebés que eu ouvi, era o dos meus. A impotência, a solidão, a fraqueza do corpo que não responde, misturados com a saudade de não as sentir em mim e de não saber se as volto… O amor incondicional, de toda uma equipa que vive, para aquecer o coração das mães, para nos diminuir as dores físicas, aconchegarem as dores de espírito e salvarem a vida do nosso bem mais precioso, os nossos filhos. Os ANJOS DA GUARDA.”
Longe das filhas mais velhas, Lyonce e Lyannii, de 6 e 5 anos, Luciana Abreu fala do que sente nesta data, por tradição passada em família: “O sofrimento das minhas “eternas“ pequeninas em casa, a passarem o primeiro Natal sem a Mamã. Natal esse, que com todo o amor do mundo de uma verdadeira família e esforço sobrenatural, conseguiu erguer portas e travessas para que o Pai Natal não faltasse a festa, nem alegria de abrir alguns presentes. Estou orgulhosa e muito grata a toda a minha família, por conseguirmos viver sempre todos os anos, o verdadeiro espírito de Natal. Amizade, o amor, a tolerância, o respeito, a dignidade, a bondade, a partilha, o espírito de sacrifício, o verdadeiro sentido da palavra Natal, que representa o nascimento de Jesus, a vida e não as prendas/lembranças que são trocadas, mas que indiscutivelmente alegram qualquer criança.”
No final, um agradecimento especial: “Obrigada também a todos vocês, pelo vosso empenho, em me quererem acalmar a dor , e aquecer o coração. Não consigo por mais que queira, responder um a um, nem tenho força anímica para isso. Quero que saibam, que as nossas filhas se estão a comportar como pequenas feras, a agarrar a vida com unhas e dentes. Eu estou aqui, para vos passar o meu testemunho e toda a informação fidedigna. Esqueçam os nomes… e peçam apenas saúde. Deus sabe sempre o que faz. Um abraço sem tamanho para todos vós. OBRIGADA (Aproveito para vos pedir, que continuem a dar sangue, uma vez que eu sou dadora há anos e ontem precisei de levar uma transfusão).”