Falar de Madalena Iglésias é falar da canção “Ele e Ela”, com a qual venceu o Festival da Canção em 1966, e é também falar de Simone de Oliveira, a outra grande voz feminina da década de 60 em Portugal. À época rivais, “coisa de miúdas“, as duas cultivavam um respeito mútuo, que leva Simone a confessar o “grande desgosto” pelo desaparecimento de Madalena, aos 78 anos: “Hoje é um mau dia, muito mau dia”.
Para Simone, que não estava com Madalena “desde que a convidei para vir ao espetáculo dos meus 50 anos de carreira no Coliseu”, a notícia caiu como uma bomba: “Ainda estou a digerir isto tudo, era a última coisa que imaginava ouvir, porque nós não imaginamos que desaparecemos”.
Referindo-se à colega como um marco na história da música portuguesa, Simone recordou o quarteto que formou com Madalena, António Calvário e Artur Garcia e manifestou profunda tristeza pela perda. Fica a memória e a saudade: “Como eu costumo dizer: o resto são cantigas!”, rematou.
A cantora Madalena Iglésias morreu hoje, dia 16 de janeiro de 2018, numa clínica em Barcelona, Espanha.