Diogo Amaral é muito mais do que uma cara bonita da televisão. Há 17 anos que trabalha no mundo da representação e em nada se arrepende do que realizou ao longo da sua carreira. E o facto de ter feito formação depois de já estar a trabalhar deu-lhe a humildade que hoje o caracteriza.
Realizado profissionalmente, o ator, de 36 anos, revela que adora ficção televisiva e é por isso que se prepara para ser um dos protagonistas da nova novela da SIC Vidas Opostas, após um ano e meio de pausa na televisão.
Diogo não confirma nem desmente o suposto namoro com Jessica Athayde, mas diz-se feliz a nível pessoal, principalmente desde o nascimento do filho, Mateus, de três anos – fruto da relação já terminada com Vera Kolodzig –, que lhe deu uma nova perspetiva de vida. Foi sobre este e outros temas que conversámos, com vista privilegiada sobre o Tejo.
Está de regresso à SIC com um papel de protagonista. Tem sido bem recebido?
Sim, mas também não estava à espera de outra coisa. Já cá tinha estado há 11 anos. Fiz a Floribella e uma participação na novela Vingança.
Está entusiasmado com o novo projeto?
Muito, é como se fosse um miúdo a começar a trabalhar [risos].
Houve algum motivo para a mudança?
Tenho uma filosofia: acho que, de vez em quando, devemos mudar. Quando nos acostumamos muito a uma coisa, ela não sai do sítio e há tendência para estagnar. As coisas foram acontecendo mais ou menos naturalmente. O meu trabalho é o mesmo, mas vou criar novas relações com pessoas diferentes. Se tivesse de eleger as maiores mudanças da minha vida, escolheria, sem dúvida, ser pai e o ano de 2017, o das maiores mudanças profissionais.
O facto de não querer estagnar contribuiu para esta mudança?
Não, mas não me quero permitir ficar numa zona de conforto. Não é uma questão de cansaço. Gosto de arriscar, puxar o tapete a mim próprio, desafiar-me.
O Jorge, a sua personagem, tem parecenças com o Diogo?
As personagens têm sempre um bocadinho de nós. Passa sempre pela nossa experiência, pelo que vivemos e observamos. É a nossa interpretação da personagem, mas na verdade o Jorge não tem nada a ver comigo. Ele é um bocadinho outsider. Entra na história para resolver uma questão burocrática com o irmão.
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Como tem sido a experiência da paternidade?
Desde que fui pai comecei a ver as coisas de uma forma menos despreocupada. Agora sou uma pessoa mais completa e madura, mas também mais “mole” [risos]. As minhas preocupações passaram para outro patamar. É uma responsabilidade tão grande que não dá para controlar. Aprendi a entregar, a deixar que as coisas aconteçam por si. Ser pai é uma experiência arrebatadora.
O que é que mais aprendeu com o Mateus até agora?
Aprendo todos os dias com ele. Temos uma relação muito boa. E agora tenho esta experiência nova de, semana sim, semana não, vivermos os dois [risos]. Mas tem sido incrível.
Lida bem com o facto de ele não estar sempre consigo?
As coisas são difíceis se assim o quisermos. Não há mesmo complicação nenhuma nesse lado da minha vida.
fotos: Luís Coelho Produção: Vanessa Marques maquilhagem: Madalena Martins
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1177 da revista CARAS.
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