Após ter ficado com o pescoço “permanentemente danificado e os joelhos mutilados“, na sequência de uma cena do filme Kill Bill, que Quentin Tarantino insistiu que fosse ela a desempenhar, Uma Thurman revelou que tal experiência traumática não fez com que deixasse de querer trabalhar com o cineasta.
Em conversa com o Entertainment Weekly, a atriz disse, “Eu entendo-o. E se ele escrevesse um bom guião e estivéssemos ambos num bom momento, isso seria outra conversa. Nós tivémos os nossos problemas ao longo dos anos. Colaborando há 25 anos, sim, tivémos algumas tragédias, mas não podemos reduzir assim este tipo de história e legado. Teria ficado reduzido ao meu acidente de carro se eu tivesse morrido”.
Thurman referiu ainda que o facto de ter um problema crónico no pescoço e de não ter gostado da forma como o assunto foi tratado na altura, não significa que não perdoe Tarantino. “Será que isso [a questão do pescoço] significa que eu não quero saber de alguém com quem tenho 25 anos de história? Não! A minha capacidade de perdoar existe e as coisas acontecem. O acidente em si foi mau mas eu tentei explicar que aquilo que realmente me magoou foi o ambiente que o envolveu“, afirmou.
Apesar de, desde o acidente, a relação entre os dois nunca mais ter sido igual, na altura em que teve acesso ao vídeo no qual se vê o terrível evento a acontecer nas gravações do filme, Uma disse estar muito orgulhosa da coragem de Tarantino por lhe ter dado acesso à filmagem, sabendo das consequências que ele próprio poderia vir a sofrer.