Iva Domingues cedo aprendeu que não vale a pena fazer grandes planos, porque a vida encarrega-se de os alterar e de mostrar novos caminhos. E no ano passado voltou a ter mais uma prova disso. Um mês antes de celebrar 41 anos, a apresentadora deixou as certezas de uma vida estável em Portugal para abraçar, de mãos dadas com a filha, Carolina, de 15 anos, um novo começo, guiado pelo sonho desta de se tornar realizadora. Apostada em ajudar a filha na concretização desse sonho, Iva vive há oito meses em Santa Monica, Los Angeles, onde também ela deu início a uma nova etapa da sua vida, tanto profissional como pessoal. E foi na sua última passagem por Portugal, onde esteve a fazer o programa A Tarde É Sua, que a apresentadora falou com a CARAS sobre este novo capítulo da sua vida, que se escreve por terras americanas.
– Quando foi para Santa Monica, deu a si e à sua filha um ano para avaliarem esta experiência. Passados oito meses, que balanço faz?
Iva Domingues – É um balanço positivo, mas os primeiros meses foram muito difíceis, sobretudo porque a Carolina não tinha amigos. Ela fez os 15 anos lá e teve uma festa de anos sem nenhum adolescente. Nos primeiros três, quatro meses de escola, foi mesmo muito difícil, porque ela passou esse período sem um único amigo…
– Nessa altura repensou esta mudança?
– Foi uma altura em que pensei se teria tomado a decisão certa e tive dúvidas. Mas não sou de baixar os braços. E já esperava que os primeiros tempos fossem difíceis. Foi uma travessia do deserto, mas houve momentos em que percebi que ia valer a pena.
– Foi um começar do zero…
– Sim. Dou por mim a fazer o que fazia há 20 anos… Furar, tentar chegar aos sítios, conseguir credenciais, perceberem quem somos, e é um trabalho todo feito por mim. Mas tem valido a pena. O que me levou para lá foi a Carolina, e para ela tem sido muito bom. Neste momento, ela é a melhor aluna das várias turmas e já evoluiu imenso.
– Deixar Portugal foi realmente um salto de fé, foi um voto de confiança tremendo na sua filha…
– Sim, foi. E não é porque sou uma mãe babada. Também sou, mas nestas coisas sou muito pragmática. Se não lhe reconhecesse talento, não arriscaria tanto. E a verdade é que não me enganei, ela é muito boa.
– Sempre foram as duas muito unidas. Esta nova fase reforçou essa ligação?
– Completamente. Só nos tínhamos uma à outra, para o bem e para o mal. Mas o percurso tem sido bonito, ela cresceu muito.
– O que é que esta mudança lhe ensinou sobre si?
– Que sou mesmo valentona e que tenho muita força. Emigrar não é para toda a gente.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1184 da revista CARAS.
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